Passagens aéreas podem aumentar até 10% após novo reajuste na querosene

#ParaTodosVerem Na foto, aviões em um aeroporto
Conforme Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis (ANP), em 2021 o Brasil produziu 93% do QAV consumido no país e importou apenas 7%. Mesmo assim a Petrobras precifica o combustível que a própria estatal produz em dólar - Foto: Rovena Rosa | Agência Brasil | Divulgação

A Petrobras anunciou mais um aumento de 3,9% na querosene de aviação (QAV) neste começo de julho. A informação foi divulgada pela companhia nesta terça-feira (5). Segundo estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o prece das passagens também deverá ter aumento nos próximos dias. A previsão é que esta alta fique entre 5% a 10% no valor pago pelo consumidor. No acumulado dos últimos 12 meses, as passagens aéreas no Brasil sofreram uma alta de 123%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), no fim do último mês.

Na variação mensal, o preço das passagens aéreas cresceu 11,36% na prévia de junho e foi o subitem dentro de transportes com a principal alta entre maio e junho deste ano. No acumulado de 2022, o valor dos bilhetes aéreos subiu 3,6%. O QAV é o item de maior peso na formação de preços da aviação, respondendo por mais de um terço dos custos totais das companhias aéreas. Segundo dados compilados pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), o combustível dos aviões acumula alta de 64,3% no primeiro semestre de 2022. 

Os custos maiores para setor, que já vinham em crescimento após a pandemia, quando as pessoas voltaram a viajar, estimulam as empresas a reajustarem os preços das passagens para o consumidor final. Assim como os outros combustíveis, o preço da querosene também segue a política de precificação em dólar. Vale destacar que, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis (ANP), em 2021 o Brasil produziu 93% do QAV consumido no país e importou apenas 7%.

Texto: Zahyra Mattar | Notisul, com informações da Agência Nacional do Petróleo, Petrobras e Associação Brasileira das Empresas Aéreas

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