Óleo de Cozinha: Recolhimento pode tornar-se obrigatório

Amanda Menger
Tubarão

Por mais que os médicos falem da necessidade de reduzir o consumo de frituras, não há como resistir a uma porção de batatas fritas: elas são irresistíveis. Para muitas pessoas, a consciência fica ainda mais pesada depois de fazer frituras, porque vem a pergunta: o que fazer com o óleo utilizado? Desde 2007, a comerciante Maria Angélica Zanetta Matos, de Tubarão, recolhe o óleo utilizado em garrafas pet e leva para um supermercado. “Já tinha um cuidado com o lixo, separava o seco do orgânico e, há dois anos, procuro guardar e enviar para o destino certo o óleo de cozinha”, relata.

Esta ação realizada voluntariamente por estabelecimentos comerciais pode tornar-se obrigatória na cidade. O presidente da câmara de vereadores, João Fernandes (PSDB), apresentou o projeto que institui o Programa municipal de coleta e destinação de gorduras e óleos vegetais. A proposta está em análise nas comissões internas da casa e deverá ser levada a votação nas próximas sessões.

“A intenção é evitar que o óleo seja despejado pelo ralo, porque muitas pessoas jogam esses produtos nos encanamentos e vai parar na rede de coleta de esgoto, nas drenagens e nas fossas sépticas”, explica João.
Segundo o vereador, há uma empresa do interior paulista interessada em se instalar em Tubarão para refinar o óleo. “Eles poderão recolher e fazer o refino deste material que será depois utilizado para formar o biocombustível”, adianta João.

Projeto
Os estudantes de escolas públicas serão incentivados a se engajarem no programa “Óleo do futuro”, do governo do estado. A intenção é que eles levem às escolas, em garrafas pet, o óleo consumido por suas famílias e vizinhos. Os vasilhames serão acondicionados em um container e uma empresa, que será escolhida em licitação pela secretaria de desenvolvimento regional em Tubarão, recolherá o produto.