“Não há o que negociar”

Reunião entre representantes patronais e do sindicato ocorreu ontem, mas não houve acordo  - Foto:Gilvan de França/Divulgação/Notisul
Reunião entre representantes patronais e do sindicato ocorreu ontem, mas não houve acordo - Foto:Gilvan de França/Divulgação/Notisul

São Ludgero

Repasse da inflação anual de 9,91% parcelado em duas vezes (6% retroativo a abril e 3,91% em setembro), congelamento do abono anual e pagamento em quatro vezes, reajuste de apenas 6% para salários acima de R$ 5 mil e implantação de “banco de horas”. Esta foi a proposta dos empresários das indústrias plásticas apresentada em nova audiência, ontem, com o Sindicato dos Trabalhadores do setor para renovação da convenção coletiva dos mais de nove mil trabalhadores.

“A proposta só não foi pior do que a falta de respeito dos patrões com a comissão de negociação do sindicato. Marcaram uma rodada de negociação, apresentaram uma proposta, debatemos a conjuntura e, quando formulamos uma contraproposta, eles, simplesmente, disseram que não há o que negociar, que a proposta deles está feita”, desabafa o presidente do sindicato, Carlos de Cordes, o Dé.

Segundo Dé, se nada mudar até o fim desta semana, a partir da próxima segunda-feira, a proposta será levada para avaliação da categoria, em oito assembleias que já estão convocadas para ocorrer em Criciúma, Içara, Urussanga e São Ludgero. “A diretoria não tem dúvidas que a categoria vai rejeitar a proposta, não há como aceitar sem negociação”, observa o presidente.

A data-base dos trabalhadores é 1º de abril e todos já deveriam ter recebido reajuste salarial na última sexta-feira. Antes, a proposta tinha sido 6% em abril, 1% em outubro e fim do abono anual, que no ano passado foi de R$ 800,00.

Na região, um dos municípios que mais concentra indústrias no setor é São Ludgero, que emprega boa parte dos moradores na produção de derivados do plástico. Tubarão é destaque com duas grandes indústrias no bairro São Martinho.