Não existe consenso

O secretário estadual de educação, Eduardo Deschamps, e diretores do Sinte conversaram ontem, mas não houve consenso quanto ao pagamento do piso nacional dos professores   -   Foto: Beatriz Menezes dos Santos/Secretaria estadual de educação/Notisul
O secretário estadual de educação, Eduardo Deschamps, e diretores do Sinte conversaram ontem, mas não houve consenso quanto ao pagamento do piso nacional dos professores - Foto: Beatriz Menezes dos Santos/Secretaria estadual de educação/Notisul

 

Zahyra Mattar
Tubarão
 
A reunião, ontem, entre o secretário estadual de educação, Eduardo Deschamps, e diretores do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) de Santa Catarina foi frustrante para os dois lados. O encontro terminou sem consenso entre as partes e isso poderá terminar da pior maneira possível: com mais uma greve dos educadores.
 
Os professores fazem hoje à tarde uma assembleia estadual que poderá definir se haverá mesmo paralisação, ou não. O secretário propôs o que considera possível financeiramente para o estado no momento: paga o novo piso de R$ 1.450,87, mas apenas para os professores em início de carreira.
 
A manobra apresentada ontem contempla pouco menos da metade dos professores em atividade no estado hoje – cerca de 30 mil pessoas. Para os educadores com graduação e especialização, a intenção é parcelar o pagamento do reajuste de 22,22%.
 
Pela proposta do estado, o reajuste do piso para os educadores iniciantes já constará na folha deste mês. O retroativo a janeiro e fevereiro será pago em duas parcelas (julho e setembro). Aos professores com graduação e especialização, a intenção é dividir o reajuste em três parcelas anuais.
 
A primeira – de 8% – seria paga neste ano e as demais em 2013 e 2014. A proposta apresenta ainda o compromisso de promover nova reunião, no dia 5 do próximo mês, para iniciar as negociações em torno do assunto. 
“Esta proposta é uma afronta aos nossos direitos e coloca em dúvida a palavra empenhada pelo governador Raimundo Colombo, na negociação da greve do ano passado”, dispara um dos diretores do sindicato, professor Sandro Luiz Cifuentes.