Morte de peão: Testemunhas começam a ser ouvidas

Priscila Loch
Capivari de Baixo

Uma semana após a tragédia que abalou as arenas de rodeio, hoje começam a ser ouvidas as primeiras testemunhas da morte do peão Élison Kotarsky, 22 anos. O jovem foi pisoteado por um touro na última sexta-feira, em Capivari de Baixo, durante apresentação de gineteada na Energy Fest, evento em comemoração aos 16 anos de emancipação político-administrativa do município.

Serão coletados depoimentos dos organizadores da festa, bombeiros que atenderam a vítima, pessoas presentes no público no momento do acidente, outros ginetes e, por último, os responsáveis pela prova. “Vamos procurar saber como é feita a segurança destes eventos, as regras, se existe algum termo de responsabilidade em caso de dano físico ao competidor. Buscamos tudo o que puder vir a esclarecer esse fato tão incomum para a polícia quanto para a população”, declara o delegado substituto da delegacia de Polícia Civil de Capivari, Nazil Bento Júnior, responsável pelo inquérito.

A previsão é que o laudo cadavérico seja divulgado em até dez dias. Extra-oficialmente, sabe-se que Élison morreu por traumatismo abdominal. Imagens registradas em celulares mostram o exato momento em que o ginete foi pisoteado pelo animal.

Os vídeos disponíveis também serão solicitados pelo delegado, que pretende fazer um inquérito “bem feito”, como ele mesmo define. “Inicialmente, falei em solucionar o caso o mais breve possível. Mas agora vejo que não requer agilidade, afinal, não podemos tomar decisões precipitadas, é uma questão complexa”.
O acidente

Élison, natural de Canoinhas e morador de Três Barras, tentava montar no touro, na noite de sexta-feira, quando caiu e foi pisoteado. Ele foi socorrido pelos bombeiros e chegou a ser levado ao Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Tubarão, mas não resistiu e morreu na madrugada de sábado.