Morre Luiz Machado, o criador e o primeiro mascote do Criciúma

Uma vida dedicada a um grande amor: o Tigre no coração. Veio o luto, mas a sua trajetória ficará eternamente na lembrança de todos que o conheceram.

Morreu ontem (4) o criador e o primeiro mascote do Criciúma Esporte Clube, o Tigrão. Luiz Machado, 71 anos, não resistiu e sofreu uma parada cardiorrespiratória.

Seu Luiz estava na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São José. “Ele estava aguardando uma cirurgia no coração para trocar uma válvula, mas os médicos optaram por restaurá-la. Tudo correu bem no procedimento e após a cirurgia. Após seis dias na UTI teve uma parada respiratória, tentaram reanimá-lo por 15 minutos, mas o coração dele estava muito fraco, não resistiu”, lamenta sua sobrinha Débora Correa.

Luiz participou ativamente da torcida do Criciúma desde que o clube deixou de ser o Comerciário. Em 1984, com a mudança de cores, que abriu mão do tradicional azul e branco para usar o preto, amarelo e branco, a torcida passou a se chamar Garra Cricolor, uma idealização de Luiz.

Pouco depois, a convite do então presidente Moacir Fernandes, criou o mascote e o grito de guerra. Conforme sua sobrinha, ele não perdia um jogo do Criciúma até os seus últimos dias. Seus filhos também o acompanhavam.

“O primeiro mascote era de quatro patas. Duas pessoas vestiam a roupa. A ideia de um tigre para o mascote foi dele. A primeira roupa foi feita por ele mesmo. Já a segunda, usada só por um homem, também foi confeccionada pelo meu tio, que na época já trabalhava com identidade visual. Ele guardava as primeiras roupas até hoje com imenso amor e orgulho, e ainda fazia placas e coisas do gênero”, conta.

O Criciúma se pronunciou sobre a morte do ilustre torcedor em seu site oficial. “O clube lamenta profundamente o falecimento de um de seus torcedores símbolo e presta condolências aos amigos e familiares do senhor Izo, como era carinhosamente chamado”, diz a nota.

O bandeirão do Estádio Heriberto Hülse ficará a meio mastro nesta segunda-feira (5). Provavelmente, o clube pedirá um minuto de silêncio na próxima partida no Heriberto Hülse, no dia 11 deste mês contra o Londrina, pela 10ª rodada da Série C do Campeonato Brasileiro.

Seu Luiz deixa esposa e nove filhos. Sua família ainda não definiu o horário e local onde o corpo será velado.

Em fevereiro deste ano o Portal Engeplus, de Criciúma, fez uma reportagem especial sobre sua história no time. Uma matéria rica em resgate e cheia de emoções, assinada pelo jornalista Thiago Hockmüller.

Fotos: Arquivo de família/Divulgação Notisul

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