“Meu filho é mais que uma dádiva”

O grande sonho de Júlio César Mota, 36 anos, é tornar-se cantor. A mãe, Raquel, comprou um microfone e uma caixa de som para ele. “Faço o que posso por ele”, revela
O grande sonho de Júlio César Mota, 36 anos, é tornar-se cantor. A mãe, Raquel, comprou um microfone e uma caixa de som para ele. “Faço o que posso por ele”, revela

 

Karen Novochadlo
Tubarão
 
A palavra mãe tem apenas três letras. Mas o significado é amplo e fácil de conceituar com o coração: amor, carinho e dedicação. Mesmo com credos, raças, nacionalidades diferentes, as mães são iguais em uma certeza: a maternidade é uma bênção. Para homenagear essas mulheres tão guerreiras, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) realizou uma confraternização nesta sexta-feira. 
 
Para a dona de casa Elizabete Bonot, 42 anos, o filho Elyton, 11 anos, é uma dádiva. O menino tem paralisia cerebral. “Estava tão preparada para ser mãe que logo superei estas dificuldades”, conta. Ela abandonou a profissão e dedicou-se integralmente ao tratamento do garoto. Todas às segundas, quartas e sextas-feiras, acompanha as aulas do filho na Apae. Sempre ajuda Elyton a se alimentar, vestir-se. 
 
Com todo o amor que recebe, aos poucos o menino desenvolve-se e articula palavras. O vocabulário é pequeno, mas já articula a palavra mãe, com um pouco de dificuldade. Se depender dos esforços de Elizabete, logo falará outras palavras. 
 
Grande também é o esforço da mãe de Júlio César Mota, 36 anos, portador de síndrome de down. Maria Raquel Durante Mota teve o filho quando a síndrome de down não era divulgada. “Vejo meu filho como qualquer outra pessoa. Ele é responsável, amigo, companheiro. Sempre diz que me ama”, relata, toda orgulhosa. Além de Júlio, ela também é mãe de Ricardo e Alexandre.