Mesmo curados, pacientes de Covid-19 podem ter problemas pulmonares

Estudo realizado por médicos de Hong Kong relata que indivíduos infectados por Covid-19, o novo coronavírus, podem ter sequelas pulmonares

De acordo com um novo estudo científico, pessoas que forem infectadas pelo coronavírus podem ter problemas pulmonares — mesmo após o vírus não estar mais ativo no organismo.

Em Hong Kong, na China, 12 pacientes que tinham contraído o vírus já foram classificados como curados. Sendo assim, a Autoridade Hospitalar de Hong Kong estudou seu organismo após a saída do Covid-19 e percebeu que, para alguns dos pacientes, houve alteração na capacidade dos pulmões.

Das 12 pessoas que passaram pelo tratamento e foram curadas, três apresentaram dificuldade para respirar enquanto realizavam um dos testes, que pedia que o indivíduo caminhasse um pouco mais rápido. Segundo os cientistas, exercícios cardiovasculares podem ser realizados para aprimorar a funcionalidade dos órgãos.

Os pacientes em questão foram tratados com Kaletra, um remédio que é utilizado em tratamentos de aids, e Ribavirin, que é utilizado para tratar doenças como hepatite C. Ainda que não se saiba exatamente o que causou o problema nos pulmões, especialistas acreditam que seja resultado direto de uma inflamação causada pelo sistema imunológico.

Owen Tsang Tak-yin, diretor médico do Centro de Doenças Infecciosas, comentou em conferência que a análise do pulmão dos pacientes sugere que houve algum tipo de alteração em seu bom funcionamento, embora ainda seja cedo para confirmar os efeitos no longo prazo.

“Alguns pacientes podem ter uma queda de 20% a 30% na função pulmonar. Encontramos padrões semelhantes a um vidro fosco em todos eles, sugerindo que houve danos nos órgãos”, disse Tak-yin.

Até o momento, mais de 130.000 indivíduos em todo o mundo foram identificados com o Covid-19, e mais de 5.000 mortes foram registradas. Além disso, um novo estudo apontou que o vírus pode ser capaz de sobreviver em um ambiente por até três dias, o que pode aumentar consideravelmente o número de casos.

Um novo estudo apontou que o vírus pode ser capaz de sobreviver em um ambiente por até três dias, o que pode aumentar consideravelmente o número de casos.

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