Menino que vende desenhos na porta de casa recebe ajuda de vários países

Um garoto brasileiro que vende seus desenhos por R$ 1,50 na porta de casa, para ajudar a família, está emocionando internautas do Brasil e de outros países.

Kayque Alexandre Amâncio Rodrigues, de 14 anos, mora numa casa simples com os pais e três irmãos menores na periferia de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.

A mãe dele, Kelly Cristina Amâncio, de 35 anos, conta que a família está recebendo mensagens de ajuda de lugares que ela nem conhecia.

“Gente de fora, dos Estados Unidos, de Portugal, de Brasília, de São Paulo, do Rio de Janeiro, da Bahia, Minas Gerais, de Gramado, aqui de Campo Grande, mandando assim ‘ah eu quero dois desenhos’ , ‘eu quero três desenhos’… gente abençoando o meu filho”, comemorou.

E a ajuda vai além das encomendas: “Ganhou tablet, bolsa de estudos, professora de mangá, kits de materiais de desenho…”, lembrou.

Fora o que ainda está nos Correios.

“As pessoas de fora pegaram nosso endereço e estão mandando os materiais. Estão chegando”, disse a mãe.

A virada

A virada na vida de kayque começou no último fim de semana, depois que uma rapaz chamado Vini Willyan passou na porta da casa do garoto e viu os desenhos expostos no portão.

Ele perguntou do que se tratava e Kayque contou q estava vendendo para ajudar a família a comprar material de pintura e telas para ele.

Vini pediu então para fotografar os desenhos e postou no Facebook.

Em poucos dias o post viralizou e a história do garoto desenhista ultrapassou as fronteiras brasileiras.

A mãe dele disse que ficou surpresa e agradecida com a repercussão.

História

Ela conta que o filho desenha desde os 4 anos de idade e é autodidata.

“Qualquer desenho que assistia ele saia desenhando personagens em pedaços de papel, rabiscando a parede… eu até ficava brava com ele”, conta.

Kelly achava que era uma fase e que ia passar.

“Mas o tempo foi passando, os desenhos ficando cada vez melhores e hoje ele fala, ‘mãe, eu quero trabalhar, quero ajudar aqui em casa’, que a gente paga água, luz, aluguel…”

Como o dinheiro não dava para comprar o material de pintura, o garoto decidiu agir, dentro de suas possibilidades.

“Ele estava pensando em comprar folha sulfite e material de pintura. A gente nunca pode dar isso pra ele. Ele Nunca fez uma aula de desenho. É um dom maravilhoso que ele tem”, revelou à mãe.

Arquitetura

Kayque também gosta muito de arquitetura: “de desenhar casas, fazer plantas”.

Kelly conta que Kayque é tipo de filho que toda mãe gostaria de ter.

“É um menino bom, esforçado, educado e ainda me ajuda a limpar a casa, me ajuda com os irmãos dele… “Só posso agradecer. Eu to maravilhada. Muita coisa boa acontecendo. Só coisa boa e meu filho merece”, concluiu.