Meio ambiente: Pilhas e baterias: destino correto

Wagner da Silva
Braço do Norte

A consciência de separar o lixo reciclável e tóxico do orgânico é tema de debate entre pesquisadores, ambientalistas e população. As campanhas são intensas, mas se não houver persistência não saem do papel.
Esta realidade começa a mudar quando pessoas comuns tomam consciência e executam algo. Foi em um trabalho de pesquisa que este olhar foi despertado na aluna do 6º semestre de direito da Unisul, Maria Goreti Kuenten Costa, de Braço do Norte.

O tema escolhido foi A coleta do lixo radiativo e trata do destino dado a pilhas, baterias (de relógio, celular, câmeras fotográficas), fontes de impressoras e de aparelhos eletro-eletrônicos. O objetivo era apresentar em sala de aula, mas despertou tanto interesse na aluna que virou campanha para conscientizar a população sobre o destino correto e dos problemas que traz ao meio ambiente. “Fui despertada para o assunto pelo dano que causa o lixo radioativo ao meio ambiente”, conta.
O conteúdo foi apresentado à juíza da 2ª vara da comarca de Braço do Norte, Lara Maria Souza da Rosa Zanotelli, representante do Ministério Público, ao presidente da Cerbranorte, Evânisio Uliano, e ao prefeito Luiz Kuerten, que confirmaram apoio, assim como empresários e outros setores públicos.

A idéia é cadastrar e implantar postos de coletas em diversos locais. A prefeitura ficará responsável pela coleta, todo dia 20 de cada mês, ou no primeiro dia útil subsequente à data. Os três pontos de maior arrecadação, em peso, receberá premiação em dinheiro, que vai de R$ 200,00 a R$ 500,00.
Para não haver alterações, os pacotes serão lacrados e terão a assinatura do cadastrado e do recolhedor. “O prêmio servirá para despertar nas pessoas a consciência de recolher estes materiais que prejudicam o meio ambiente por muitas gerações. A partir disso, incentivará as pessoas a guardar este material e descartá-lo nos locais corretos”, enfatiza.

Goreti diz que há lei e punição para quem abandonar este tipo de material em lugares que não atendam às normas de segurança. A lei ambiental nº 9605 trata da pena de um a quatro anos de reclusão para quem cometer o crime. “Espero, com a campanha, que as pessoas pensem melhor sobre onde depositar estes materiais e decidam ajudar as futuras gerações, formadas por seus filhos, netos, bisnetos e assim por diante”, finaliza.