Medo de acidentes após a ‘chegada’ do asfalto

O espaço para o trânsito de pedestres ficou bastante restrito na Estrada da Guarda. Representantes dos bairros KM 60, KM 63, São João e Guarda apresentaram reivindicações aos vereadores.
O espaço para o trânsito de pedestres ficou bastante restrito na Estrada da Guarda. Representantes dos bairros KM 60, KM 63, São João e Guarda apresentaram reivindicações aos vereadores.

Zahyra Mattar
Tubarão

O título pode parecer estranho, afinal, a famosa Estrada da Guarda, em Tubarão, que liga a localidade à BR-101, foi inaugurada em dezembro do ano passado com toda a pompa pelo governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB – leia mais sobre LHS na página 3). Asfalto, sistema de drenagem e calçadas. Tudo novo em folha. Pela lógica, não há mais motivo para reclamar.

Mais ou menos. Segunda-feira à noite, dia em que a câmara de vereadores de Tubarão retornou aos trabalhos, representantes dos bairros KM 60, KM 63, São João e Guarda (ambos na margem direita) participaram da sessão e apresentaram reivindicações. Dentre elas está a Estrada da Guarda.

O representante do grupo, Vorli Silvano Jeremias, o Vorli da Pedra, explica: “A estrada ficou ótima. E não fomos na câmara para reclamar do trabalho da SDR. Mas queremos conversar sobre os redutores de velocidade. Gostaríamos de nova solução, já que o espaço que sobrou para os pedestres, em alguns locais, é muito estreito. Agora, com o asfalto, os motoristas não respeitam a velocidade máxima permitida”, esclarece Vorli da Pedra.

Quando as calçadas começaram a ser feitas ao longo da estrada, o então secretário de desenvolvimento regional em Tubarão, Ademir Matos, solicitou que cada morador cedesse cerca de meio metro de seu terreno para a construção das passagens. Alguns não permitiram. O mesmo ocorreu com os pontos de ônibus, em certos locais, os abrigos foram feitos em outros lugares ou suprimidos do projeto por falta de entendimento com a própria comunidade. Tudo está documentado na SDR.

O líder do grupo entende o problema e garante que todos estão cientes do que ocorreu. “Não vamos cobrar por algo que tentaram fazer e não fizeram por falta de compreensão de poucas pessoas”, avalia Vorli. O gerente de infra-estrutura da SDR em Tubarão, Léo Goularte, garante que providências serão tomadas.

Segundo ele, em frente à escola no KM 60, justamente onde a comunidade pede maior atenção, será colocada uma lombada eletrônica. O aparelho, inclusive, já está no local. “Neste ponto, realmente eles têm razão de reclamar. Ficou ruim para os pedestres. E vamos estudar a melhor forma de resolver o problema”, adianta.