Medicação extraída da maconha é alternativa

O remédio deve auxiliar no tratamento de epilepsia de Brayan  -  Foto:Arquivo da família/Divulgação/Notisul
O remédio deve auxiliar no tratamento de epilepsia de Brayan - Foto:Arquivo da família/Divulgação/Notisul

Jailson Vieira
Imbituba

O garoto Brayan Ribeiro Fernandes tem 4 anos e mora em Imbituba. Ele foi diagnosticado com Síndrome de Doose (ausência de sentidos por segundos), cai com a cabeça no chão e, muitas vezes desmaia. Ao acordar não se lembra do que ocorreu minutos antes. A primeira crise de convulsões foi no ano passado e, de lá para cá, os episódios são registrados várias vezes por semana.

Conforme a mãe do menino, Neuzimar Ribeiro Fernandes, no começo as crises de epilepsia eram intensas e chegavam a quatro por dia, porém, aos poucos conseguiram controlar a situação. Entretanto, somente com o tratamento com o Canabidiol é que os problemas de saúde diminuirão. “O Brayan passará por uma consulta médica no próximo dia 8, em Curitiba, no Paraná, em busca da medicação. Estamos atuando de todas as formas possíveis o montante para viajarmos para o estado vizinho”, planeja Neuzimar.

No próximo dia 20, será realizado um almoço, no Pesque e Pague Riacho Ana Matias, em Imaruí, para arrecadar fundos para a viagem a Curitiba. “Depois de várias tentativas, sem sucesso, estamos tentando mais esta alternativa para amenizar as crises desse anjo de olhos azuis. Tudo que vir ajudar o Brayan é bem-vindo e sei que será de coração. Precisamos muito dessa medicação para a sua sobrevivência”, explica Elizangêla Ribeiro, tia da criança.

Mesmo com relatos de sucesso, os medicamentos à base de substâncias da maconha (Canabidiol e THC) enfrentam resistência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Conselho Federal de Medicina (CFM), que alegam não haver comprovação científica dos benefícios. Na prática, os remédios à base da erva têm melhorado a qualidade de vida de portadores de doenças raras, porque reduzem a quantidade e a duração das convulsões.