Marinheiro é preso em flagrante por porte ilegal de arma e sequestro, em Florianópolis

Florianópolis

Aos 47 anos, o marinheiro André Nicacio cometeu um ato desesperado na manhã desta segunda-feira (5) ao manter em cárcere privado por 2h40min o jovem Igor Phelippe, 26, funcionário da área comercial, no estaleiro Schaefer Yachts, bairro Estreito, em Florianópolis. Com a intervenção do comandante geral da Polícia Militar, coronel Araújo Gomes, o marinheiro liberou o rapaz que, é filho de um dos diretores da empresa, e estava algemado com lacres de plástico.

Segundo o diretor da Polícia Civil na Grande Florianópolis, Verdi Furnaletto, o homem foi preso em flagrante pelo porte ilegal, sequestro e uso arbitrário das próprias razões. Ele está detido na CPP (Central de Plantão Policial) e aguarda a audiência de custódia nesta terça-feira.

Morador de Governador Celso Ramos, André é um reconhecido marinheiro na Grande Florianópolis e trabalhou na empresa náutica por 10 anos. Há um ano e meio ele foi desligado da firma e começou uma batalha judicial. Nesta segunda, ele quis fazer justiça com as próprias mãos e, segundo o cenário apresentado, planejou o cárcere privado em detalhes.

Perto das 8h05, o marinheiro chegou com o carro do filho para não ser reconhecido e ao descer do veículo rendeu o vigilante, que não trabalha armado. André foi até a área administrativa e mandou que permanecesse apenas Igor Phelippe, que era o funcionário de maior importância no momento da abordagem e virou o único refém.

“Ele passou por mim apontando uma pistola e disse que aquilo não era brincadeira. O André era um dos responsáveis pela entrega das embarcações e foi marinheiro de um dos proprietários. Saímos às pressas e não pegamos os nossos pertences. Ele queria a presença da Polícia Federal”, comentou um dos funcionários da empresa náutica, ainda muito assustado com o ato desesperado do marinheiro.

O filho e a esposa de André foram ao local para auxiliar na negociação, que ficou a cargo do grupo Cobra (Comando de Busca, Resgate e Assalto) da Polícia Militar. “A partir do momento que a Polícia Militar chegou não registramos disparos e a negociação construiu uma estratégia de rendição adequada e rápida”, explicou o comandante feral da PM. 

O flagrante foi registrado na CPP (Central de Plantão Policial), bairro Agronômica, anexo ao 5°DP.