Tubarão
O tema da edição 2019 aprovado pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito) é ‘No trânsito, o sentido é a vida’. O mote propõe o envolvimento direto da sociedade nas ações para uma nova forma de encarar a mobilidade. Condutores de caminhões, ônibus, vans, automóveis, motocicletas ou bicicletas, pedestres e passageiros. Todos, precisam envolver-se na causa para obter um trânsito mais seguro.
Pelo sexto ano consecutivo, a Unisul promove à campanha Maio Amarelo em todos os campi e unidades, além dos polos de apoio presencial pelo Brasil. “A cada ano o Maio Amarelo adota temas de impacto, devido ao crescente número de acidentes e a irresponsabilidade dos usuários das vias causar muitas vítimas. Cada um de nós faz parte desse grande espaço chamado trânsito e o nosso comportamento se reflete nos demais usuários”, enfatiza o professor e coordenador do curso de Segurança no Trânsito, José Onildo Truppel Filho.
OMS sugere que países adotem velocidade máxima em vias urbanas e residenciais
A Organização Mundial da Saúde (OMS), afirma que os acidentes no trânsito configuram a nona maior causa de óbito no mundo. Nos últimos anos, o número de mortes nas estradas, aumentou de modo constante, com 1,35 milhões de falecimentos registrados em 2018. No relatório mundial sobre segurança nas estradas, a OMS afirma ainda que os acidentes de trânsito são atualmente a principal causa de morte entre crianças e jovens com idades entre cinco e 29 anos.
O relatório faz importantes atribuições ao Brasil, como a redução de mortes após a criação de leis mais rígidas contra o álcool (Lei Seca) e o início obrigatório de freios ABS em todas as motos a partir desse ano.Por outro lado, coloca o país em quinto lugar entre os países recordistas em mortes no trânsito e na pior classificação referente ao limite de velocidade em áreas urbanas.
De acordo com uma pesquisa do Departamento de transporte britânico, quando ocorre uma colisão com o carro acima de 64km/h, 85% das pessoas que estão no veículo morrem e os outros 15%, sofrem algum tipo de lesão. A OMS sugere que todas as cidades do mundo adotem velocidades máximas de 50 km/h nas áreas urbanas e 30 km/h em áreas residenciais ou com grande circulação de pessoas.
Combinação de celular e direção mata 150 pessoas por dia no trânsito brasileiro
A associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), promoveu uma pesquisa onde mostra que o uso do celular no volante é a terceira maior causa de morte no trânsito brasileiro. Perde apenas para o excesso de velocidade e a embriaguez ao volante. Os dados afirmam que cerca de 150 pessoas morrem por dia, vítimas de motoristas desatentos devido ao uso do celular. Isso equivale a cerca de 54 mil óbitos por ano.
Outro estudo, realizado pelo Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi), revelou também que motoristas gastam cerca de quatro a cinco segundos sem prestar atenção na via enquanto manuseiam o celular. Se ele estiver a uma velocidade de 80 km/h, estes quatro a cinco segundos equivalem a percorrer uma distância de 12 carros populares enfileirados, sem ver absolutamente nada. Outro ponto é responder mensagem, no WhatsApp por exemplo. Estima-se que o tempo gasto pode variar entre 12 a 23 segundos, o que equivaleria a percorrer a distância de um campo de futebol com os olhos fechados.
Combinar o celular com direção é proibido pelo CTB (Código de Trânsito Brasileiro), que estabelece a infração como gravíssima. A multa para esse tipo de irregularidade é de R$ 293,47, além da perda de sete pontos na CNH.
Temáticas como essas, não ganhavam a importância devida. Isso, até a Assembleia-Geral das Nações Unidas editar em março de 2010, uma resolução definindo o período de 2011 a 2020 como a “Década de Ações para a Segurança no Trânsito”.
Maio Amarelo
Com o intuito de promover discussões acerca do assunto, há seis anos nasceu o movimento Maio Amarelo. Uma ação coordenada entre o Poder Público e a sociedade civil, com o objetivo de chamar a atenção das pessoas para todos os índices citados anteriormente.
O Maio Amarelo põe em pauta os graves problemas de segurança. Segundo o Observatório Nacional de Segurança Viária, os acidentes não acontecem, mas sim são frutos de escolhas inadequadas e arriscadas, motivadas por falhas humanas como imprudência e desatenção. Por isso, o movimento busca mobilizar todos os cidadãos e entidades como órgãos do governo, empresas, associações, entre outros segmentos que possam engajar-se em ações e propagar o conhecimento, para ajudar a solucionar essa problemática. Nos últimos quatro anos, 27 países, 1.425 empresas e 423 cidades apoiaram o movimento.