Lagoa do Camacho: Obra da ponte é embargada pela Marinha

Zahyra Mattar
Tubarão

Um flagra feito na ponte Nereu Ramos, a principal passagem sobre o rio Tubarão, no centro da cidade, alerta para a necessidade urgente em realizar uma ‘operação pente-fino’ nas pontes que ligam uma margem da cidade à outra. A situação foi tema de debate na câmara, levantado pelo vereador José Luiz Tancredo (PP).
Segundo ele, a rachadura em um dos pilares da passagem existe há muitos anos. Agora, porém, as ferragens estão aparentes, o que pode comprometer toda a estrutura. “Desde a época do (ex-prefeito de Tubarão) Miguel Ximenes, existe esta rachadura. Já foi remendada várias vezes. Agora é hora de consertar antes que se torne um problema. A ponte já suporta uma sobrecarga muito grande por conta do semáforo”, destaca Tancredo.

O vereador argumenta ainda que os altos índices de chuva nos últimos meses requerem a manobra, inclusive devido à quantidade de material que se acumula em torno dos pilares. “Os galhos que ficam ali fazem pressão substancial à passagem. Não é seguro”, reforça. Um requerimento para uma averiguação in loco do problema foi encaminhado pelo vereador à secretaria de desenvolvimento urbano da prefeitura, sob o comando de Anselmo de Bona.

O Notisul entrou em contato com o secretário na tarde de ontem. Ele explicou que desconhece o problema, mas irá imediatamente designar um engenheiro para analisar a rachadura e providenciar o conserto. Anselmo reforçou ainda que o concreto das quatro principais pontes de Tubarão não está danificado, mas concordou que a exposição das ferragens – caso da Nereu Ramos – é perigosa para a segurança pública.
Paralelamente, em Jaguaruna, na ponte da lagoa do Camacho, onde as obras para a nova estrutura tinham tudo para avançar, a situação também é complicada.

A Marinha do Brasil embargou a execução da nova passagem, feita pelo governo do estado. Segundo o gerente de planejamento da secretaria de desenvolvimento regional em Tubarão, Léo Goularte, o motivo foi a falta de documentação no projeto.
“Tiveram tanto tempo para analisar o projeto e somente agora descobriram que falta um documento”, lamenta o gerente. A obra é de responsabilidade do Departamento Estadual de Infra-estrutura (Deinfra), de Criciúma. Fala-se em seis meses para a retomada dos trabalhos. O Notisul tentou contato com o Deinfra, porém, sem sucesso.