Justiça Federal nega pedido

Paraná é um dos estados com o maior número de unidades ocupadas. Santa Catarina registra alguns casos   -  Foto:Paraná Online/Divulgação/Notisul
Paraná é um dos estados com o maior número de unidades ocupadas. Santa Catarina registra alguns casos - Foto:Paraná Online/Divulgação/Notisul

Tubarão

A Justiça Federal no Ceará indeferiu, na tarde de ontem, o pedido do procurador da República, Oscar Costa Filho, do Ministério Público Federal (MPF) no Ceará, de adiar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para todos os candidatos do país. Com a decisão da justiça, a prova está mantida para este fim de semana (5 e 6 de novembro).

O procurador pediu o adiamento do exame para todos os candidatos após o Ministério da Educação (MEC) adiar a prova de cerca de 191 mil candidatos que fariam o certame em escolas, universidades e institutos federais ocupados por estudantes em protesto a medidas do governo. Para esses candidatos foi adiado para os dias 3 e 4 de dezembro.

O procurador argumentou que há prejuízo à isonomia do exame, uma vez que seriam aplicadas provas e temas de redação diferentes para aqueles que forem fazer a prova apenas em dezembro. A justiça, no entanto, entendeu que “apesar da diversidade de temas que inafastavelmente ocorrerá com a aplicação de provas de redação distintas, verifica-se que a garantia da isonomia decorre dos critérios de correção previamente estabelecidos, em que há ênfase na avaliação do domínio da língua e de outras competências que não têm “o tema” como ponto central”.

O MPF chegou a pedir, como alternativa, que a prova seja mantida, mas que não seja válida a de redação até “o julgamento de mérito da demanda, assegurando assim a “igualdade de partes” e a reversibilidade dos efeitos da decisão”. A alternativa seria tomar medidas para assegurar que todos os candidatos submetam-se à mesma prova de redação. O pedido alternativo foi também negado. Em defesa da manutenção do Enem, a Advocacia-Geral da União (AGU) argumentou que o adiamento nacional custaria R$ 776 milhões aos cofres públicos.