Junic: Evento incentiva pesquisa acadêmica e trabalhos internacionais

Tubarão

A 13ª edição da Jornada Unisul de Iniciação Científica (Junic), que ocorreu nesta quarta-feira (19), teve como tema principal a internacionalização da pesquisa e diversos assuntos relacionados à temática. Todas as palestras da Junic ocorreram no campus Tubarão. O primeiro evento contou com a participação de representantes da Fapesc, CAPES e Universidade de Cambridge.

No estado, a Fundação de Amparo à Pesquisa de Santa Catarina (Fapesc) é um dos principais órgãos de incentivo à pesquisa. Há 30 anos a instituição realiza diversas parcerias com outros países para promover a internacionalização de pesquisas. Segundo Débora Bennett, gerente de Ciência e Tecnologia da Fapesc, um dos principais parceiros é o Reino Unido, por meio do Fundo Newton. “Este fundo é uma iniciativa que busca o desenvolvimento social e econômico em países em desenvolvimento, com foco na sustentabilidade, bem-estar e redução da pobreza”, destaca. Na Unisul, o projeto Estufa Hidropônica Solar foi realizado por meio do Fundo Newton.

Além do fundo, a FAPESC também é parceira no projeto Horizonte 2020, da União Europeia. O programa de financiamento de pesquisa e inovação, prevê o investimento de 80 bilhões de euros, entre os anos de 2014 e 2020, para projetos relacionados a subsistência, segurança e meio ambiente.

O desafio do Brasil

Um outro órgão que incentiva a pesquisa em todo o país é a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O seu principal desafio é o posicionamento do Brasil nos rankings de pesquisa internacional. O país ocupa a 64ª posição na lista de países com maior número de citações em outros trabalhos.

Segundo a representante da Capes, Maria Lucia de Barros Camargo, o Brasil ainda possui muitos desafios que precisam ser superados para que o país consiga participar de mais pesquisas internacionais. “63% dos pesquisadores brasileiros nunca saíram do país para realizar uma pesquisa. O número é bem abaixo de outros países. A nossa baixa complexidade econômica não compete com os grandes países, o que acaba dificultando para o Brasil” afirma.

Para tentar reverter a situação, a Capes possui alguns auxílios para que o número de colaborações internacionais seja maior. Além de buscar por novas parcerias com outros países, a Capes possibilita a isenção de taxas para bolsistas de pós-graduação, concessão de bolsas individuais e apoia diversos projetos de pesquisa internacional.