Julho: Alerta para o combate as hepatites virais

Tubarão

Neste mês, o alerta do Ministério da Saúde é para o combate as hepatites virais. Engana-se quem pensa que a hepatite não é mais um problema deste século. Milhares de pessoas no Brasil são portadoras dos vírus das hepatites B e C e não sabem. Situações que podem evoluir com consequências graves como a cirrose ou câncer hepáticos. Doenças que podem ser evitadas, tem tratamento e vacinas para prevenção.

“A hepatite é um grave problema de saúde pública em nosso país e no mundo. Ela é uma inflamação no fígado e age de forma silenciosa. Por isso, nem sempre apresenta sintomas, porém os mais comuns são olhos e pele amarelados, cansaço, febre, mal-estar, tonturas, vômitos, dor abdominal, urina escura e fezes claras”, alerta o hepatologista e gastroenterologista da Pró-Vida, Flávio Bianchini.

Conforme o médico as hepatites virais são classificadas por letras do alfabeto A, B, C, D (Delta) e E. No Brasil, mais de 70% dos óbitos por hepatites virais são decorrentes do tipo C, seguido do B (21,8%) e A (1,7%). Em 2017 o país registrou mais de  40 mil novos casos de hepatites virais. As mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C.  O vírus D, é mais frequente na região Norte.

Flávio destaca ainda, que a hepatite C considerada a mais perigosa, tem cura na maioria dos casos quando é tratada corretamente. Já a B e D tem tratamento e pode ser controlada, evitando a evolução. O tipo A é aguda e a indicação ao paciente é baseado em dieta e repouso, com melhora do quadro em semanas.

“O importante é lembrar que todos os tipos de hepatite devem ser tratadas com indicações médicas. O diagnóstico pode ser realizado por testes rápidos que dão o resultado em uma hora ou também na realização de exames laboratoriais e que a vacina é importante forma de prevenção contra as hepatites dos tipos A e B”, explica o médico.

Vacinas

A vacina é uma forma de prevenção contra as hepatites do tipo A e B, entretanto quem se vacina para a hepatite B, se protege também para a D. Tipos disponíveis gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde. Para os demais tipos, não há vacinas e o tratamento é indicado pelo médico.

Hepatite A – disponível no SUS, oferecida no Calendário Nacional de Vacinação para crianças de 15 meses a 5 anos incompletos e também para pessoas de qualquer idade que tenham: hepatopatias crônicas de qualquer etiologia incluindo os tipos B e C; coagulopatas; portadores de HIV e outros tipos de doenças. Para os demais públicos a vacina é oferecida nas clínicas particulares.

Hepatite B – disponível no SUS, para crianças em três doses: ao nascer, 2, 4 e 6 meses. Para os adultos que não se vacinaram na infância, são três doses a depender da situação vacina. Pessoas que tenham algum tipo de imunodepressão ou que tenham o vírus HIV, precisam de um esquema especial com dose em dobro.

Hepatites Virais

Hepatite A
Transmissão: Fecal e oral por contato entre os indivíduos ou por meio de água e alimentos contaminados pelo vírus.
Prevenção: Lavar sempre as mãos, consumir água tratada e evitar contato com esgoto.

Hepatite B
Transmissão: Pode ser transmitida pelas relações sexuais e no contato com sangue de uma pessoa infectada.
Prevenção: Usar preservativo, não compartilhar objetos de uso pessoal, como escova de dente, material de manicure, entre outros.

Hepatite C
Transmissão: No compartilhamento de objetos pessoais e nas relações sexuais sem preservativos.
Prevenção: Usar preservativo e não compartilhar objetos que tenham entrado em contato com sangue.

Hepatite D
Transmissão: Nas relações sexuais, a mãe pode passar para o filho, durante a gestação (no parto ou na amamentação), no compartilhamento de objetos de uso pessoal ou no uso de drogas.
Prevenção: Usar preservativo e não compartilhar objetos de uso pessoal.

Hepatite E
Transmissão: Fecal e oral por contato entre os indivíduos ou por meio de água e alimentos contaminados pelo vírus.
Prevenção: Lavar sempre as mãos, consumir água tratada e cozinhar devidamente os alimentos.

Julho Amarelo

A Campanha Julho Amarelo faz referência ao 28 de julho, data escolhida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para a celebrar o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais. Este ano, por meio da Lei 13.802, foi instituído julho como mês de referência à luta contra as hepatites virais, reforçando as iniciativas de vigilância, prevenção e controle.