Hospital Santa Teresinha: Eleição pode não ser homologada

Wagner da Silva
Braço do Norte

A eleição do novo diretor do corpo clínico do Hospital Santa Teresinha (HST), em Braço do Norte, realizada esta semana, foi rechaçada pela atual direção da instituição. A administração e alguns médicos alegam que o diretor eleito, o médico Wanderlei Magrini Junior, e seu vice, Emir Dacorégio, possuem interesses pessoais nos cargos. Wanderlei rebate. Garante que o problema está nos atritos entre as duas diretorias.

A administradora do HST, Maria Celir Tenfen, alega que as pessoas eleitas trabalham contra e a administração tomará uma atitude contra a situação. “Entraremos com um mandado de segurança junto à promotoria e não vamos homologar a posse desta diretoria. Nosso compromisso é trabalharmos para que o HST cresça, melhore seu atendimento ao público. Eles trabalham contra este desenvolvimento”, acusa.

A “denúncia” foi feita após integrantes da atual administração do HST serem impedidos de participar da reunião. Bastou para se instaurar um clima nebuloso entre as partes. O diretor do HST e membro do corpo clínico, médico Claudeci Fernandes de Melo, lamentou o ocorrido. “Concordo com o hospital. Como minha empresa poderia colocar entre os mais importantes cargos um membro de empresa similar e concorrente direta? Neste caso, é evidente que esta situação não é cabível”, acrescenta.

Novo diretor do HST defende-se

Em resposta às fortes críticas da atual diretoria do Hospital Santa Teresinha (HST), em Braço do Norte, o diretor eleito ao corpo clínico da instituição, o médico anestesista Wanderlei Magrini Junior, afirma que os colegas também ficaram constrangidos com a mal-estar durante a reunião. O médico explica que a votação seguiu dentro das normas previstas no regulamento do corpo clínico, conforme orientações do Conselho Regional de Medicina.

Mesmo com as divergências, Magrini considera que ambos os lados possuem o mesmo objetivo. “Ninguém desrespeitou a instituição. Não temos interesse nenhum em prejudicar a administração, mas lutamos para que o corpo clínico seja respeitado”, contrapõe.
Magrini explica ainda que não há interesses pessoais na diretoria eleita. “Trabalho em vários hospitais. Temos algumas regras distintas, mas trabalhamos para o bem-estar da população. Que interesse teria em prejudicar o HST?”, indaga o médico.