Já ouviu falar na Cápsula Vanessa usada no combate ao Covid-19? Reconhecido pelo Ministério da Saúde, a cápsula é simples, prática e eficaz, e ajuda a diminuir o índice de pacientes intubados após complicações da doença. Além diminuir a transmissão do vírus à equipe médica.
Após ser adotada em vários municípios do Amazonas e em estados como Acre, Pará, Roraima, Pernambuco e Mato Grosso, a Cápsula Vanessa começa a ser utilizada em Itapema.
A tecnologia foi desenvolvida em tempo recorde pela equipe de Fisioterapia dos Hospitais Samel, em parceria com o Instituto Transire, de Manaus (Amazonas), e a prefeitura de Itapema recebeu 50 cápsulas que será usada no tratamento dos pacientes Covid-19.
Até esta terça-feira havia 2 pacientes usando a cápsula, e de acordo com a prefeita Nilza Simas, que aparece à esquerda do vídeo, os pacientes já apresentaram resultados positivos.
A estrutura é montada com materiais de baixo custo, como canos de PVC e revestimento de plástico transparente, em forma de cabine colocada sobre o paciente infectado.
Em Manaus, quando a pandemia começou a vitimar um grande número de pessoas, a Cápsula Vanessa foi usada como método alternativo em hospitais do Grupo Samel. Na ocasião, 500 pacientes foram acompanhados, e o número de altas médicas foi surpreendente.
Com o uso do equipamento, os médicos notaram a redução no tempo de tratamento dos pacientes, que caiu de 20 dias para 5. De acordo com o Grupo Samel, cerca de 1.700 pessoas deixaram de ser entubadas após usarem a capsulas.
Brusque também está de olho na Cápsula Vanessa
No dia 15 de julho o diretor-geral da Secretaria da Saúde de Brusque, Rodrigo Cesari, esteve em Manaus para conhecer a Cápsula Vanessa.
Cesari destaca que a situação de Manaus tem melhorado significativamente após a adoção do protocolo. “Manaus chegou a internar cerca de 70 pacientes por dia, com esse protocolo o número passou para 15”, afirma.
O município ainda não se manifestou para informar se passará a usar as cápsulas durante no tratamento de pacientes com Covid-19.
Por que capsula Vanessa?
O nome da cápsula foi dada em homenagem à administradora Vanessa Xavier, de 33 anos, que contraiu o coronavírus e foi internada no mês de março. Por ser asmática, consequentemente do grupo de risco, a paciente teve que ir diretamente para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), onde precisou ser entubada.
À época, a intubação orotraqueal precoce era recomendada pela OMS e, até então, não havia uma opção menos invasiva.
Isso fez com que o fisioterapeuta da Samel Manoel Amorim tivesse a ideia de construir a cápsula. O método permite o uso de ventilação não-invasiva nos pacientes com Covid-19, ao mesmo tempo protege a equipe médica do contato com o vírus
Isso ajudou a minimizar os efeitos da pandemia nos locais onde a cápsula foi usada. Já que com o uso do dispositivo, os pacientes recebiam alta mais rapidamente, liberando, assim, os leitos para que outros pudessem ser internados.