Gripe A: Vencemos esta guerra

Zahyra Mattar
Tubarão

Nesta mesma época, no ano passado, os casos confirmados de gripe A multiplicavam-se a cada dia. As pessoas estavam em pânico, os hospitais e postos de saúde cheios. As regiões de Tubarão e Concórdia, no oeste catarinenses, foram as duas onde houve maior incidência de casos. Milhares ficaram doentes, dezenas morreram.

Com a vacina, ministrada neste ano em quase 80% da população do estado, os números são outros. E desta vez positivos. Tanto que hoje, em Santa Catarina, existem somente 20 registros confirmados da doença. Outro dado importante: a cada três casos de gripe, um é A e dois são da chamada sazonal (aquela que tem todos os anos).

“A campanha de vacinação mostrou realmente a sua eficácia, e não somente em Santa Catarina, como em todo o país. De qualquer forma, as pessoas devem ficar alertas e manter aqueles bons hábitos de higiene adquiridos, até porque a gripe A está sazionalizada, ou seja, ocorrerá todos os anos daqui para frente”, considera Luis Antonio Silva, chefe da Diretoria de Vigilância Epidemiológica do estado.

Apesar do sucesso comprovado da imunização, o Ministério da Saúde ainda não definiu se a vacina contra a gripe A se tornará anual, como ocorre com a influenza comum, quando idosos e grupos de risco são imunizados sempre antes do inverno, entre abril e maio. “O Instituto Butantan, produtor da dose, teve a estrutura de produção ampliada. Isto indica que o órgão terá capacidade para fazer a vacina em grande escala e, quem sabe, haja uma campanha em 2011, para idosos e grupos considerados de risco. Mas não já definição”, informa Luis Antonio.

Doenças comuns
As mudanças verificadas nos hábitos de higiene das pessoas, reforçados em virtude da epidemia de gripe A registrada no ano passado, também auxiliaram o sistema de saúde quanto à incidência de doenças comuns no período mais frio.
O fato das pessoas utilizarem a etiqueta da tosse, lavarem as mãos e limparem locais comuns com maior frequência, fez com que as internações ligadas a doenças digestivas e respiratórias (como otite e laringite) caíssem consideravelmente em Santa Catarina.