Fosfateira de Anitápolis: Em encontro na Amurel, municípios se posicionam contra a instalação

Tubarão

Prefeitos e procuradores jurídicos dos municípios da região se reuniram nesta quinta-feira (25), pela manhã, na sede da Associação dos Municípios da Região de Laguna (Amurel), em Tubarão, para discutir os impactos ambientais da Indústria de Fosfatados Catarinense (IFC), que poderá ser instalada em Anitápolis. Também participaram do encontro na Cidade Azul, os chefes do poder Executivo e procuradores de Anitápolis, Rancho  Queimado e Águas Mornas.

De acordo com o prefeito de Braço do Norte e presidente da Amurel, Roberto Kuerten Marcelino, o Beto, a reunião foi de grande importância e responsabilidade. “ A Amurel lidera esse processo e junto com a entidade, os municípios em decisão unânime são contrários a instalação da fosfateira em Anitápolis. Nós da região Sul do Estado não queremos, não vamos aceitar e estamos mobilizados para acabar de vez com esse fantasma. Estamos preocupados com as milhares de vidas e com o meio ambiente”, enfatizou Beto.

Os municípios têm um prazo de cinco dias úteis a contar de ontem, para entrar com os recursos. O departamento jurídico da Amurel emitiu uma nota às procuradorias dos municípios sobre a decisão tomada pelos prefeitos em assembleia e orientando-as sobre os recursos. Conforme Beto, os municípios irão recorrer da decisão.

Segundo o advogado que representa a Associação Montanha Viva, Eduardo Bastos Moreira Lima, o encontro foi importante e esclarecedor. “O recurso é individual e cada município terá um grau de impacto. Acredito que todos os gestores farão a sua parte”, observou.

O chefe do poder Executivo de Anitápolis, Laudir Pedro Coelho, declarou que é contrário ao empreendimento, como é também boa parte dos munícipes. O prefeito de Tubarão e presidente da Fecam, Joares Ponticelli, destacou a vocação para o turismo e para a agricultura orgânica que tem a região da Amurel e, especialmente Anitápolis. “Não podemos regredir. Por mais que saibamos que a sociedade precisa dos produtos que seriam extraídos da jazida, implantar um empreendimento assim seria um retrocesso”, assegurou.