Experiência: De Braço do Norte para Irlanda

Wagner da Silva
Braço do Norte

A jovem braçonortense Aryane Jeremias Longuinho, 25 anos, retorna à Irlanda neste domingo. Ela reside lá desde o início do ano passado, onde realiza um projeto de aperfeiçoamento profissional.

Formada pela Unisul em tecnologia de gestão empresarial, a acadêmica de ciências contábeis da Unibave impôs como meta aprender inglês e conhecer a Europa. A maior dificuldade maior foi convencer os pais, Vilson e Lucimar Longuinho, sobre a viagem.
Aryane embarcou através de uma agência gaúcha, com residência e trabalho garantido.

Apesar da atual função – cuidar de crianças – não estar diretamente ligada à sua área, ela sente-se realizada, encantada com as pessoas e a cultura local.
O seu salário é de aproximadamente 100 euros, cerca de R$ 230,00 – semanais. E a sua ‘rotina’ inclui também passeios nos países vizinhos como França e Inglaterra nas horas de folga.

“Moro como um membro da família. Há uma relação de segurança e confiança entre todas as pessoas. Cada um cuida da sua vida, porém, em uma dificuldade, eles são amigáveis, solidários”, relata a jovem.

Maioridade

Na Irlanda, só é permitido beber a partir dos 18 anos. “Eles esperam chegar a esta idade não para ganhar um carro, mas para poder beber. E são muito conscientes, respeitam as leis de trânsito e não dirigem bêbados”, relata Aryane Jeremias Longuinho.

Na Europa, andar com carros de luxo não é realidade apenas para os mais endinheirados. “Com 5 mil euros, cerca de R$ 11 mil, é possível embarcar em uma BMW, Mercedes-Benz, Jaguar”, conta.

Família e profissão

Além da saudade da família, Aryane Jeremias Longuinho sente muita falta da comida brasileira, já que na Irlanda os enlatados dominam nas mesas. O horário das refeições também foi um desafio. “O almoço é servido às 6 horas da tarde. Até acostumar com isso foi difícil”, revela.

A família é tudo para os irlandeses, com no mínimo cinco membros, incentivos a quem tem filhos e raros casos de separação. “Quando contei o que ocorre no Brasil, eles ficaram assustados. Mas cada cultura segue um caminho. Lá, eles têm o maior respeito pelo outro neste sentido”, destaca.

Agora, Aryane volta ao Brasil apenas em abril de 2011. “Meu objetivo é realizar um curso de business, conhecer outros nove países para ter mais contato outros idiomas e, depois, depende das oportunidades”, adianta. “Uma experiência como esta é uma riqueza de aprendizado”.