Exame atesta que Suzane von Richthofen é ‘risco potencial à sociedade’

Narcisista, egocêntrica, infantil, vazia, simplista, imatura e incapaz de autocrítica. Este é o perfil do mais recente teste psicológico ao qual foi submetida Suzane von Richthofen. Condenada a 39 anos de prisão pela morte dos pais em 2002, a paulistana passou pelo teste de Rorschach – conhecido como teste do borrão de tinta – mais um passo para que a Justiça conceda, ou não, o pedido de progressão ao regime aberto.

  

O resultado revela, segundo o Fantástico, que a detenta, hoje com 34 anos, representa “risco potencial à sociedade” por ter “dificuldade de avaliar o resultado dos próprios atos”. O exame foi pedido pelo Ministério Público de São Paulo (MP/SP) para auxiliar a decisão da juíza Vânia Regina da Cunha. 

Este não é o primeiro teste de Rorschach ao qual Suzane é submetida. Em 2014, antes de ser beneficiada com a mudança do regime fechado para o semiaberto, os borrões apontavam egocentrismo elevado, a chance de ser violenta ou estimular a violência, dependendo do ambiente social em que estivesse inserida.

Juíza responsável pela decisão da progressão da pena ao semiaberto, há quatro anos, Sueli Armani alegou que problemas psicológicos não são condição para manter alguém preso. Com a mudança, para o regime semibaerto, Suzane passou a ter direito a cinco saídas temporárias por ano. A mais recente delas foi no dias das mães deste ano.

A detenta, acusada de ser mandante do assassinato dos próprios pais, está em Tremembé, em São Paulo e, como cumpriu metade da pena, considerando os dias trabalhados na oficina de costura da penitenciária, solicitou a progressão, há um ano. Não há prazo para que a juíza Vânia Regina da Cunha decida se Suzane cumprirá a metade restante da sentença em liberdade. O que daria a ela direito de trabalhar, ficar em casa à noite e nos dias de folga. 

Acusado de participação no crime, junto com o irmão Daniel Cravinhos, Christian Cravinhos foi submetido ao mesmo teste e teve progressão para o regime aberto em agosto passado. Christian voltou a ser preso em agosto passado por porte de armas e por tentar subornar a polícia e evitar a prisão.