Estilo de vida saudável e combate ao sedentarismo são aliados no combate ao câncer de mama

#Pracegover foto: na imagem há uma mulher, uma via e área verde
#Pracegover foto: na imagem há uma mulher, uma via e área verde

Consultas preventivas, exames de mamografia e a busca por um estilo de vida mais saudável são as principais ferramentas para a prevenção do câncer de mama, neoplasia que ocupa o primeiro lugar no ranking de mortes por câncer entre mulheres no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA).

Em todo o mundo, foram estimados 2,3 milhões de novos casos em 2020 (24,5% do total dos casos de câncer). Especialistas afirmam que a adoção de um estilo de vida saudável e o combate ao sedentarismo são os principais aliados das mulheres no combate à doença, além de ser uma oportunidade de resgatar a origem do movimento Outubro Rosa, que surgiu após as ações realizadas pela Fundação Susan G. Komen para chamar a atenção para a doença e que promoveu, em 1990, a primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York, que desde então é realizada todos os anos.

PREVENÇÃO

O cirurgião oncológico e mastologista Rubens Silveira Lima, do Centro de Doenças da Mama (CDM), de Curitiba, explica que os dados do INCA mostram que a incidência do câncer de mama tende a crescer progressivamente a partir dos 40 anos, assim como a mortalidade por esse tipo de neoplasia. Porém, 30% dos casos podem ser evitados com a prática de hábitos saudáveis – alimentação balanceada e rotina de exercícios – combinada ao acompanhamento médico periódico.

Além disso, ele salienta que quanto mais cedo ocorrer o diagnóstico de câncer de mama, maior a chance de que os tratamentos sejam menos invasivos, com menos efeitos colaterais, e maior a probabilidade da cura. “Por isso a necessidade de a mulher fazer um acompanhamento rotineiro a partir dos 40 anos e adotar um estilo de vida saudável”, enfatiza. Lima destaca que existem diversos estudos em torno da importância dos exercícios e da dieta balanceada na prevenção de inúmeras doenças, inclusive do câncer, de acordo com o Inca.

No mês de conscientização e prevenção da doença, o enfoque do Centro de Doenças da Mama é conscientizar as mulheres sobre a importância dessas três fases – consulta periódica, mamografia e qualidade de vida – no processo de prevenção. O oncologista do CDM reforça a necessidade de se redobrar esse tipo de cuidado tanto para evitar o câncer de mama, mas também outras comorbidades e, principalmente, para a identificação precoce e tratamento da doença.

AUTOEXAME

 Muito popularizado no final do século passado, o autoexame não substitui o acompanhamento médico regular e os exames de imagem, que devem ser rotina, principalmente a partir dos 40 anos e em mulheres com histórico de câncer de mama na família. O mastologista e oncoginecologista Eduardo Schunemann Jr, também do CDM, explica que quando a mulher consegue perceber o nódulo no autoexame, é sinal de que ele já está grande, o que muitas vezes exige um procedimento mais invasivo e até quimioterapia. “O ideal é que ele seja identificado ainda no início, quando a chance de remoção sem uma intervenção  tão agressiva é maior”, explica o médico.

ESTATÍSTICAS NO BRASIL

A taxa de incidência do câncer de mama no Brasil só fica atrás do câncer de pele não-melanoma, porém é o responsável pelo maior número de óbitos. De acordo com o INCA, em 2020 foram 66,28 mil novos casos e uma estimativa de 17,5 mil óbitos.

Schunemann salienta que esses números foram registrados mesmo com a diminuição da procura por acompanhamento durante a pandemia de Covid-19, o que pode significar que os números sejam ainda maiores.

 PANDEMIA

Tanto Lima quanto Shunemann são unânimes ao comentar que, com a pandemia, que já dura mais de um ano, os cuidados com a saúde da mulher deixaram de ser prioridade e acabaram comprometendo os diagnósticos. Somente no Centro de Doenças da Mama (CDM) verificou-se uma queda significativa no número de biópsias e exames preventivos desde o primeiro semestre de 2020.

De acordo com uma pesquisa feita pela Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec), encomendada pela farmacêutica Pfizer, 47% das mulheres entrevistadas disseram não ter consultado o ginecologista ou o mastologista durante a pandemia. Um balanço feito pela Sociedade Brasileira de Mastologia indica uma redução de 45% nas mamografias desde o início da pandemia.

CENTRO DE DOENÇAS DA MAMA (CDM)

O Centro de Doenças da Mama (CDM) é mais do que uma clínica de mastologia. É um “cancer center” que oferece tratamento multidisciplinar durante todas as etapas do tratamento. Diagnóstico, tratamento e reabilitação são trabalhados de forma integrada para proporcionar às pacientes os melhores resultados.

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Fonte: Estilo Editorial Comunicação