Equipe médica leva paciente de UTI à formatura do filho

Uma equipe de médicos do Hospital Santa Isabel, de Blumenau, montou uma verdadeira operação logística para levar um paciente, internado na UTI há dois meses para o dia mais feliz da vida dele.

O paciente foi assistir à  formatura do filho, graças ao projeto chamado  “O que Importa para Você?”. A equipe da UTI com médicos, enfermeiros, psicóloga e fisioterapeutas deslocou o paciente até o Teatro Carlos Gomes, local da festa.

E tudo era uma surpresa. O paciente não sabia da organização para a saída da UTI. O Serviço de Psicologia do Hospital Santa Isabel entrou em contato com a comissão de formatura que fez a ponte entre o HSI e a empresa organizadora da colação de grau.

Eles prepararam um camarote especial, para que o homem sob os cuidados médicos pudesse ficar mais à vontade. Ele foi levado até o Teatro Carlos Gomes de ambulância.

O paciente ficou no camarote, de onde pode aplaudir e se emocionar com a colação de grau do filho. Durante a cerimônia, o formando sai do seu lugar de destaque e foi até o pai. Neste momento o paciente lhe entrega um presente: o anel de formatura.

A coordenação do hospital acredita que vale a pena oferecer cuidados paliativos pensando sempre além da saúde física, mas também da saúde emocional.

Ter participado desse momento foi maravilhoso. Amenizar a internação e proporcionar um momento entre família para um paciente internado é gratificante.  Orgulho e emoção durante a colação, estampados no rosto do paciente, fez ver mais ainda o quanto é importante cada momento com nossa família”, revela a psicóloga Ana Claudia,

“A enfermeira Scheila diz que, “enquanto profissionais, sabemos que isso não é suficiente, mas temos certeza de que podemos ir além dos cuidados de UTI. Conseguimos transformar este tempo de internação, nem que por um curto período, menos difícil e mais humano. O que importa para o paciente é o que importa para nós.”

A Dra. Ana Carolina, residente de Neurologia Clínica, enfatiza que a morte dá sentido à vida. Para ela, “a rotina de cuidar de pacientes em sua fragilidade presenteia com a oportunidade diária de ressignificar a vida. O que importa para o paciente pode se tornar um presente a quem cuida por pura empatia.”