É preciso conscientização

O gerente do supermercado Giassi em Tubarão acredita que a venda das bolsas ecológicas poderia ser melhor. “Vendemos a preço de custo e não faturamos nada com elas”, revela
O gerente do supermercado Giassi em Tubarão acredita que a venda das bolsas ecológicas poderia ser melhor. “Vendemos a preço de custo e não faturamos nada com elas”, revela

Angelica Brunatto
Tubarão

 
As bolsas ecológicas vieram para substituir as sacolas plásticas. Nos supermercados, elas estão em lugares estratégicos, bem à vista dos clientes. Há quem pense no meio ambiente e utilize a bolsa, mas ainda é a minoria. 
 
A cabeleireira aposentada Vânia Meurer, de Tubarão, é um exemplo. Ela mantém hábitos em prol do meio ambiente. Além de reciclar e separar o lixo, a aposentada possui três bolsas ecológicas. “Não faço compra sem elas”, conta. Há mais de um ano, evita levar sacos plásticos para casa. “Olha quantas sacolas têm nos carrinhos de supermercado”, observa.
 
E são muitos mesmo! Em uma conta rápida, o gerente do supermercado Giassi em Tubarão, Luiz Carlos dos Santos, revela que o empreendimento gasta, em média, 200 mil sacolas por mês. Por ano, os brasileiros utilizam 15 bilhões destes plásticos.
 
O mercado realiza um trabalho para conscientizar a população. “Ainda tem muitas pessoas que preferem as sacolas plásticas”, analisa o gerente. Ele ainda revela que o empreendimento oferece alternativas para quem não possui uma bolsa ecológica. “O cliente pode levar as compras em caixas”, conta. 
 
Não é à toa que Vânia prefere deixar as sacolas no mercado. “Penso no futuro dos meus filhos e netos”, revela a aposentada. 
Para muitos, o destino das “sacolinha” é o lixo. Cada uma delas pode demorar mais de 300 anos para se decompor. E se forem descartadas de forma incorreta poluem cidades e entopem bueiros, o que agrava os problemas de enchentes.
 
Alternativas para amenizar
Além de trabalhar a conscientização dos clientes, o supermercado Giassi em Tubarão orienta os funcionários a economizarem as sacolas plásticas. Esta prática já ocorre há alguns anos e reduziu o uso do produto.
Os empacotadores devem colocar o maior número possível de produtos em cada sacola. “Elas suportam até cinco quilos”, explica o gerente do mercado Luiz Carlos dos Santos. No primeiro ano da ação, foram economizadas 10% do total de sacos plásticos. 
Outra ação realizada pelo empreendimento é o recolhimento das sacolas usadas. “O cliente traz voluntariamente e a gente as vende”, conta o gerente. O dinheiro arrecadado com a venda é revertido em doações para instituições filantrópicas da cidade.
 
Sacolas em números
• No mundo, são distribuídas de 500 bilhões a 1 trilhão de sacolas plásticas por ano.
• As sacolas atrapalham os lixões e aterros sanitários, já que os tornam impermeáveis.
• Esse problema dificulta a biodegradação de materiais orgânicos e provoca o acúmulo de gás metano em bolsões, que com o lixo revolvido é liberado na atmosfera.
• O gás metano é 21 vezes mais danoso que o gás carbônico.