Zahyra Mattar
Tubarão
Os trabalhadores em bancos nas regiões de Tubarão e Laguna estão em greve. As assembleias ocorreram ontem e a maioria dos funcionários optou por engrossar o movimento nacional, iniciado terça-feira.
No país, o movimento é forte e sólido. Atinge as principais capitais e cidades. Em Criciúma, a categoria já se reuniu e votou pela paralisação na última sexta-feira. Não existe nova proposta para ser analisada no momento.
Na última, anunciada na sexta-feira da semana passada, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou um índice de reajuste de 8%. O percentual é 0,6% superior ao INPC (7,4%).
“É um percentual muito abaixo daquilo que pedimos e que não nos proporciona ganhos reais”, reclama o presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Tubarão e Região (SEEBTR), Armando Machado Filho.
Os trabalhadores pleiteiam a participação nos lucros e resultados e reajuste de 5% mais o índice do INPC (com isso, chega a um total de 12,8%). Em Tubarão e Laguna, os sindicatos realizam nova assembleia na próxima segunda-feira, às 17 horas.
Contudo, são pequenas as chances de haverem novas propostas para serem deliberadas. “Não acredito que haverá nova rodada de negociação até o fim da próxima semana”, prevê Armando.
Ainda que o atendimento fique comprometido em virtude da paralisação, os clientes poderão acessar livremente os caixas eletrônicos para saques, pagamentos de contas e transferências bancárias.
No ano passado, a greve dos bancários durou 12 dias, e foi mais forte do que em anos anteriores porque os trabalhadores da rede privada também paralisaram.