Duplicação da BR-101: Qualidade da obra é contestada

Zahyra Mattar
Tubarão

“Vão querer me apedrejar por dizer isso, mas, às vezes, penso que seria melhor a Triunfo sair do lote. Mesmo com a demora para contratação de uma nova empreiteira, acho que vai ser mais rápido do que esperar a Triunfo terminar a obra”. A afirmação do vereador tubaronense Edson Firmino (PDT), definitivamente, não é o que todos querem ouvir, mas faz pensar.

A demora em terminar partes que já deveriam estar prontas e iniciar outras coloca em xeque os prazos definidos pela própria Triunfo para o término do lote 26. A meta, conforme o Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes (Dnit) já proclamou, é finalizar tudo no próximo ano. A dúvida que todos têm é se isso realmente será possível.

Aos olhos leigos da maioria, a obra parece não andar. “O viaduto norte (Jucasa) tem previsão de término para setembro. Não acredito que acabe até lá. A passagem nem foi usada e já está cheia de rachaduras na pista. Tenho certeza que o Dnit faz o papel de fiscalizador, mas não me sinto seguro quanto à qualidade das obras da Triunfo”, expõe Firmino.

As rachaduras sobre a pista ficam exatamente na junção dos blocos de concreto. Conforme fontes de engenharia consultadas pelo Notisul, é preciso um vão entre os blocos por conta do calor e do frio. O concreto precisa “trabalhar”, caso contrário, aí sim tudo pode vir abaixo. “Também tenho esta informação, mas ainda assim questiono, especialmente pelo fato do local não ser utilizado ainda. Por que rachou?”, indaga o vereador.

Na localidade de Jardim São Cristóvão, as obras já poderiam ter iniciado há meses. No entanto, a Triunfo ainda não atacou o trecho. “Primeiro, eles diziam que a prefeitura tinha que fazer a tubulação. Isso foi feito há mais de um ano. E para quê? Para nada, porque até agora não terminaram o trecho”, reclama Firmino. Na Triunfo, ninguém é autorizado a responder os questionamentos.