DNA do amor: projeto nasce da necessidade de estudos e apoio à adoção

Para muitas pessoas ter filhos é um desejo que precisa ser realizado. Alguns conseguem realizar este anseio por meio da gravidez e outros pela adoção. Inúmeros motivos levam à escolha da adoção: dificuldade para engravidar, idade, perdas gestacionais, solteiros que desejam ter filhos ou ainda casais homoafetivos.

O casal Vanuza e Daniel Barcelos, de Braço do Norte, são pais biológicos de adolescente Matheus, de 16 anos. Eles almejavam ter outros filhos, porém o tempo passou e os moradores da Capital Nacional do Gado Jersey encontraram na adoção a forma de ter outros filhos. A radialista da Hiperativa e o esposo recentemente foram ‘adotadas’ por duas crianças. Um menino de 8 anos e uma menina de 3 anos. Os pequenos são irmãos biológicos.

De acordo com a comunicadora, o casal e o filho pesquisaram muito sobre adoção “Passamos por todo o processo e tivemos a possiblidade de fazer uma adoção casada. Fizemos uma adoção de um grupo de irmãos junto com uma prima do meu esposo, que estava na fila há bastante tempo. Fizemos uma adoção tardia e uma especial. E ela e o marido adotaram os outros dois irmãos, de uma família de quatro. Quando se tem um filho biológico somos recebidos com muito amor, carinho e sorriso no rosto, mas na adoção é diferente. Temos que encarar um fórum e assistente social, por exemplo”, expõe.

Para ajudar outras pessoas que pretendem ter ‘filhos do coração’, Vanusa e o esposo iniciaram o ‘ DNA do amor’. Um projeto que nasceu com a necessidade percebida de desenvolver um grupo de estudos e apoio à adoção da Comarca de Braço do Norte. “Temos o apoio da assistente social do poder judiciário, a Jaqueline da Rosa, contaremos também com a participação de pais, filhos adotivos, terapeutas, médicos, especialistas, advogada mãe adotiva, filha adotiva psicóloga. Vamos desenvolver junto a este projeto grupos abertos e fechados, para aquelas pessoas que já estão fazendo parte desse mundo da adoção e as que desejam entrar”, detalha

Segundo a comunicadora, serão contadas histórias de amor por meio da adoção. “Falaremos sobre os vários tipos de adoção que existem hoje no Brasil e na nossa Comarca. Existe adoção até por aplicativo, falaremos também sobre os encontros, eventos e os debates sobre o ato de amar e abrir o coração para adoção. Além é claro, da adoção consensual, entrega espontânea, adoção tardia, adoção especial, busca ativa, quem pode adotar e como a adoção transformou minha vida”, explica.

Dados do Cadastro Nacional de Adoção, vinculado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mostram que o perfil indicado pelos adotantes é principalmente de crianças recém-nascidas, com um, dois ou três anos de idade e brancas. São 43% os que querem crianças de até 3 anos e 14,7% aceitam somente crianças brancas.

Os números do CNJ mostram que, atualmente, existem 46.002 pessoas interessadas em adotar e 9.514 crianças e adolescentes aptos para serem adotados. De acordo com o CNJ, apesar de haver tantas pessoas interessadas em adotar, a demora no procedimento se deve, em boa parte, ao perfil indicado pelos adotantes.

Entre em nosso canal do Telegram e receba informações diárias, inclusive aos finais de semana. Acesse o link e fique por dentro: https://t.me/portalnotisul