Liderada agora por Judite Peters Schurohff, autarquia é referência como empresa pública
Willian Reis
São Ludgero
Funcionária do Samae desde 1987, Judite Peters Schurohff está na direção há cinco meses e assume com a promessa de oferecer um trabalho sério, transparente e técnico. Em sua gestão, a nova diretora diz ter como foco a prestação de serviços de alta qualidade.
Não existe uma definição de quanto tempo deve durar o mandato no Samae, que presta serviços de abastecimento público de água e coleta e tratamento de esgotos sanitários. Formada em Administração de Empresas e especialista em Gestão Ambiental, Judite tem a tarefa de suceder Jackson Buss, que ficou 19 anos no cargo.
“Aprendi muito com ele, a forma de administrar uma empresa pública com seriedade, competência, e de maneira técnica. O desafio é dar continuidade e manter o Samae como referência em gestão pública e sustentabilidade”, afirma ela, que atuou como coordenadora da autarquia por 20 anos.
Judite avalia seus primeiros meses na direção como “um período de sequência das ações já iniciadas e projetadas, de definição de prioridades e planejamento”. Para o futuro, destaca pelo menos três prioridades. Neste ano deve ser iniciado o Plano de Segurança da Água, com ações de diagnóstico e medidas de controle em relação à garantia de qualidade e abastecimento de água.
Está para ser criado também um programa de controle e diminuição das perdas de água, com investimento em novas tecnologias, entre outras ações. A diretoria estuda ainda um projeto para o aproveitamento do biogás produzido pela estação de tratamento de esgoto para a geração de energia.
Há sete anos, o Samae atingiu 100% de cobertura com redes coletoras de esgoto no perímetro urbano de São Ludgero. Até o final de dezembro, a autarquia quer concluir a implantação de redes em loteamentos que estão sendo regularizados pelo projeto Lar Legal. Na área rural, a meta é chegar aos 100% ainda este ano. O objetivo é que o município todo seja atendido com tratamento de esgoto.
Tratamento de esgoto ocorre por biodegradação
O sistema de tratamento é feito com bactérias. O efluente chega à estação e passa por algumas etapas, antes de ser levado a um reator que diminui a carga orgânica em mais de 60%. O tratamento chega ao final com 95% de eficiência.
Na área rural, o esgoto passa por uma fossa, depois por um filtro e vai parar em uma plantação de bananas. A planta termina a limpeza da água, que volta tratada para o meio ambiente. “As bananeiras funcionam como canteiro de infiltração e tratamento final, pois se utilizam dos nutrientes que estão no efluente como adubo”, explica a diretora.
Trabalho reconhecido
No final de 2016, o Samae recebeu um prêmio Fritz Müller da Fatma e é referência como empresa pública, principalmente pelo índice de cobertura com esgoto tratado.