Dia de Finados: Feriado movimenta a economia informal

Maria de Lourdes recebeu as flores no sábado e espera vender algumas velas até esta terça-feira.
Maria de Lourdes recebeu as flores no sábado e espera vender algumas velas até esta terça-feira.

Karen Novochadlo
Tubarão

Há mais de 20 anos, a aposentada Maria de Lourdes, 72 anos, trabalha nos dias que antecedem o Dia de Finados. Moradora do centro de Tubarão, próximo ao Cemitério Municipal, lucra um bom dinheiro ao vender flores aos visitantes.

“Nos últimos dois anos, não vendi muito, mas antes chegava a comercializar 100 vasos e duas caixas de velas”, relata Maria. E a aposentada não é a única a lucrar com o feriado na cidade. Outros moradores também vendem velas e vasos.

O Dia de Finados movimenta ainda outros tipos de atividades, além do comércio de flores. A auxiliar de serviços gerais Valma de Souza, 42 anos, limpa túmulos e lápides. Cerca de 100 sepulturas são lavadas por dia, desde cerca de duas semanas antes do feriado. Ela cobra R$ 20,00 a caixa.

A dona de casa Terezinha Leandro de Oliveira, 56 anos, garante até R$ 1 mil com a limpeza. Ela está na atividade há mais de 25 anos e faz o serviço regularmente no cemitério para algumas famílias.

Assim como Terezinha, o trabalho do vigia João Maurício, 59 anos, dura o ano inteiro. Ele faz parte de uma empresa de segurança, licenciada pela prefeitura, que monitora aproximadamente 300 sepulturas e faz a limpeza de algumas. João tem até carteira assinada.