Dia das Mães: “O Dia das Mães é sempre especial com os meus 6 filhos perto”

Idelaci Moraes de Souza passou por grandes percalços em sua trajetória, do preconceito de uma época à falta de alimentos, porém, nunca pensou em ficar longe dos filhos.

Jailson Vieira
Laguna

A vida não é fácil para ninguém, isso é fato. As situações difíceis sempre aparecerão, mas a esperança deve vir a cada amanhecer. Foi desta forma que Idelaci Moraes de Souza, de Laguna, 61 anos, sempre ‘levou’ a vida. Desde a sua infância algumas situações complicadas foram constantes no seu cotidiano, uma delas ser mãe solteira de quatro filhos nas décadas de 70 e início de 80.

“Quando somos mais jovens cometemos alguns deslizes. Fugi com o circo, tive quatro filhos, ainda quando solteira, contudo, nunca me arrependi de ter estas bênçãos. Se passássemos por algum problema estaríamos todos juntos, nada era fácil, chorei muito, mas acreditava em tempos melhores”, revela.

Idelaci relata que quando engravidou pela primeira vez, seus pais não a aceitaram mais em casa e ela foi morar na residência de uma conhecida. “Depois que fiquei grávida é que soube que o pai do meu filho namorava com outra mulher e se casaria logo. Namorei com outro homem e engravidei e tive o meu segundo filho, porém, o nosso relacionamento não durou muito. Um tempo depois engravidei novamente e veio o terceiro menino. Reatei com o pai do meu segundo filho e como era muito jovem engravidei pela quarta vez, agora de uma menina. Mesmo sem os pais dos meus filhos do lado consegui criá-los”, emociona-se.

Após alguns namoros que não a levaram ao altar, a lagunense encontrou o verdadeiro amor de sua vida, aos 30 anos. O escolhido na época tinha 18. Jucemar de Souza, atualmente com 49 anos. “Quando nos casamos eu não poderia mais ter filhos biológicos, porém, há 20 anos a minha filha foi cuidar de um bebê e a mãe não poderia criá-lo e fiquei com o José, meses depois os familiares do meu marido também não poderiam criar outra criança e também ficamos com o Juliano. Se no início tive uma vida pesada, com muitas adversidades, a vinda dos meus seis filhos trouxeram um sentindo novo à minha vida. Após a chegada deles, não há um dia que não comemoro o Dia das Mães”, enfatiza.

 

Mães do século 21: Jovem se divide entre docência, atividade física e maternidade
Apesar de todos os dias ‘ser o seu dia’, o Dia das Mães será comemorado neste domingo. Esta data é apenas delas! A maternidade sempre foi uma corrida aqui e ali, não pode ser chamada de uma competição, mas também é um treino puxado.

A jovem professora Juliana Britz Vieira, de Capivari de Baixo, 33 anos, teve a sua primeira filha, Fernanda, muito cedo, com apenas 16 anos. Algum tempo depois, chegaram Júlia e o pequeno Miguel.

A docente relata que a maternidade transforma, empodera e a enche de vida, “Ser mãe é exercer as funções de psicóloga, amiga, professora, conselheira, médica e enfermeira. Além disso, é chegar em casa cansada depois de um dia cheio e realizar inúmeras tarefas como limpar a casa, fazer o jantar, brincar de pular com os menores e conversar muito com todos eles”, conta.

Conforme Juliana, após o tempo longe do trabalho gosta de ficar com os três filhos e o marido. “Amo estar sempre atualizada com eles e para eles. Procuramos fazer programas juntos para compensar a semana, que é puxada, mas também estou exercendo o que gosto”, assegura.

Além de trabalhar fora e também em casa, passear com o marido e os filhos, Juliana também é apaixonada por exercícios físicos. Há pouco mais de um ano ela tem participado de um grupo de pedalada feminino na Cidade Termelétrica. “O esporte traz disciplina e disposição e tenho certeza que esses benefícios contribuem para ser possível uma rotina melhor de mãe participativa, profissional e ainda manter as atividades. No início não é fácil, mas o esforço deve ser gradativo e de evolução constante”, observa.

Multifuncional, Tuliana é uma das mães lutadoras da região
Não há dúvidas que ser mãe já é um grande desafio. Ter que conciliar as tarefas domésticas, os trabalhos como jornalista e uma carreira de lutadora de artes marciais (muay thai), não é nada fácil, mas Tuliana Rosa, de Imbituba, realiza as suas atividades com maestria.

Tuliana, 36 anos, é mãe de dois filhos. A sua rotina inicia cedo, às 6h30min, toma o seu café preto e sem açúcar, acorda os pequenos, um vai para a escola e o outro realiza uma atividade extra como patins ou inglês. “Depois de deixá-los nos seus afazeres vou para a academia treinar, há dias que faço físico e muay thai, outros muay thai e jiu-jitsu. Quando os meus compromissos profissionais ocorrem pela manhã tento ir à noite com o meu namorado ou compenso na dieta”, explica.

A jornalista trabalha desde janeiro na assessoria de comunicação da prefeitura de Imbituba. Após as atividades no período matutino, Tuliana segue para o Paço. “Cumpro minha agenda de pautas e compromissos, os quais algumas vezes se estendem até por volta das 20 horas. Depois disso pego os meus filhos com a babá e vou para casa cumprir o meu papel de dona de casa e mãe”, conta a assessora.

Em outubro passado ela participou da sua primeira luta em competições de Artes Marciais Mistas, conhecidas pela sigla MMA. Esteve no card preliminar do muay thai amador. Desde que começou a treinar, há pouco mais de dois anos, a imbitubense mostrou que tem talento de sobra. Com a vida agitada, nos fins de semana a jornalista prefere fazer um programa família. “Não sou muito de sair, então aproveito os finais de semana para fazer um programinha de família e com os amigos”, finaliza.