Dia da Pessoa com Deficiência Visual: moradora de Braço do Norte afirma que a pior barreira é a do preconceito

#Pracegover Foto: na imagem há uma jovem de vestido vermelho e com um diploma nas mãos
#Pracegover Foto: na imagem há uma jovem de vestido vermelho e com um diploma nas mãos

Você já pensou em como é viver no Brasil sem puder enxergar? Os desafios cotidianos de uma pessoa deficiente visual não são fáceis. Eles encontram estruturas precárias de locomoção e também oportunidades escassas no mercado de trabalho.

Nesta segunda-feira (13) é o Dia da Pessoa com Deficiência Visual. Ainda que existam diversas iniciativas que tenham otimizado a integração de pessoas com a visão comprometida à rotina da sociedade, há muito para ser feito de modo que possam dar continuidade aos seus afazeres diários sem dependerem dos outros.

A advogada e moradora de Braço do Norte, Tâmara Cavalheiro Padilha, de 25 anos, conta que ainda há muitas barreiras, porém há diversos avanços. “A barreira atitudinal é o maior problema, a falta de conhecimento da maioria das pessoas com os deficientes visuais. Aquela situação onde a pessoa com deficiência não pode fazer nada. Lutamos todos os dias para mudar essa situação, mas infelizmente temos um caminho grande para percorrer, embora já avançamos e muito, como em legislações, calçadas em ruas e avenidas, por exemplo”, explica.

Tâmara também é analista de qualidade de acessibilidade, onde faz análise de sites e aplicativos. O intuito é de analisar se os aplicativos e sites estão de acordo com o conjunto de normas de acessibilidade. Ela conta que nasceu com a deficiência e que eleva uma vida normal, no entanto, com adaptações. Além do curso de graduação, ela já passou por algumas pós.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, no mundo, são 39 milhões de pessoas com algum grau de deficiência visual. Estima-se que existam uma população de cerca de 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual no Brasil, contando em torno de 582 mil que são cegas e mais seis milhões com baixa visão, conforme censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Somente um exercício de empatia pode fazer com que uma pessoa com visão plena compreenda todos os desafios cotidianos do deficiente visual. Portões que avançam sobre as calçadas, passeio público irregular com degraus, buracos ou barreiras;  cavaletes de propaganda, piso tátil que leva para uma árvore, sinalização inadequada, ambulantes e mobilidade pública inadequada são obstáculos, que estão ao longo de todo o caminho.

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