Dengue: em dois dias, número de focos sobe para oito em São Ludgero

Um dos maiores desafios do município está no lixo depositado nos terrenos baldios - Foto: Divulgação

A meta é uma só: evitar que São Ludgero entre na lista dos municípios infestados pelo Aedes Aegypti, transmissor da dengue, da zika, da chikungunya e várias outras doenças. Até esta terça-feira (8), a Vigilância Epidemiológica da Prefeitura tinha cinco focos do mosquito confirmados. Nesta quinta-feira (10), apenas dois dias depois, o número subiu para oito. Os três novos criadouros foram detectados em armadilhas instaladas nos bairros Parque das Acácias e Madre Tereza. “O número de casos confirmados é considerado alto para uma cidade do tamanho de São Ludgero. As famílias precisam colaborar e agir de forma preventiva. Não podemos deixar que nossa cidade chegue ao nível de infestação, como já ocorre com cidade da região”, alerta a agente de combate à endemias, Jéssica Pigmentel.

Bairros onde os focos foram confirmados nos últimos três dias
– Centro – 1 foco
– Divina Providência – 1 foco
– Madre Tereza – 2 focos
– Parque das Acácias – 4 focos

O calor intenso nas últimas semanas tem acelerado a proliferação do mosquito transmissor, o Aedes aegypti. São Ludgero possui um total de 60 armadilhas espalhadas por todos os bairros e oito pontos estratégicos. O trabalho preventivo é feito durante todo o ano no município, mas passará a receber um reforço nas próximas semanas na tentativa de conter o surgimento de novos casos. O maior desafio da Vigilância em Saúde do município está em relação ao lixo jogado em terrenos não edificados. “Qualquer tampinha de garrafa pode ser um criadouro do mosquito. Precisamos de maior colaboração da população em relação a isso e também quanto as medidas preventivas”, reforça Jéssica.

Na Amurel, Imbituba é considerado um município com infestação pelo mosquito transmissor da dengue, conforme dados da Diretoria em Vigilância Epidemiológica do Estado (DiveSC). Na mesma situação estão Sombrio, Araranguá e Passo de Torres, todos na região Sul do Estado. Ao todo, 118 cidades de Santa Catarina são consideradas infestadas pelo mosquito Aedes aegypti. As autoridades em saúde alertam desde janeiro que existe a possibilidade de que o Estado viva um período de epidemia ou surto da doença. Atualmente, existem 5.714 focos do mosquito em 160 municípios catarinenses. No dia 28 de janeiro, a primeira morte por dengue ocorreu no Estado: um homem de 40 anos, de Criciúma. Em 2021, Santa Catarina confirmou sete mortes por dengue nos municípios de Joinville (05), Camboriú (01) e Florianópolis (01). A melhor estratégia continua sendo a eliminação de locais que possam acumular água. Períodos chuvosos atrelados ao calor, exatamente as condições climáticas de agora no Estado, são favoráveis à proliferação do mosquito.

Adote estas medidas e cuide da saúde da sua família
– Manter bem tampado tonéis, caixas e barris de água;
– Lavar com água e sabão tanques utilizados para armazenar água;
– Manter caixas d’agua bem fechadas;
– Remover galhos e folhas de calhas;
– Não deixar água acumulada sobre a laje;
– Encher pratinhos de vasos com areia até a borda;
– Trocar água dos vasos e plantas aquáticas;
– Colocar lixos em sacos plásticos em lixeiras fechadas;
– Fechar bem os sacos de lixo e não deixar ao alcance de animais;
– Manter garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo;
– Acondicionar pneus em locais cobertos;
– Fazer sempre manutenção de piscinas;
– Tampar ralos;
– Não deixar água acumulada em folhas secas e tampinhas de garrafas;
– Lonas para cobrir materiais de construção devem estar sempre bem esticadas para não acumular água, entre outras ações preventivas.

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