Dengue: 72% dos óbitos em Santa Catarina são de idosos

#ParaTodosVerem Na foto, a análise epidemiológica de mosquitos
O mosquito Aedes aegypti é o transmissor da dengue, da zika e da chikungunya. Não existe vacina contra a doença. A única maneira de cada cidadão se proteger é adotar medidas preventivas em casa - Foto ilustrativa | Divulgação

O ano de 2022 é marcado pela pior epidemia de dengue da história de Santa Catarina. De acordo com dados do último Informe Epidemiológico, cujo levantamento é feito pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), 114.152 casos suspeitos de dengue foram notificados até o dia 14 de junho. Deste número, 63.194 foram confirmados. A transmissão da doença é registrada em 137 municípios catarinenses, sendo que 65 deles atingiram o nível de epidemia – quando a taxa de incidência é maior de 300 casos de dengue por 100 mil habitantes. Os números preocupam as autoridades de saúde e de vigilância epidemiológica, assim como o perfil dos doentes e das pessoas que morreram em decorrência de terem contraído a forma mais grave da enfermidade.

Casos de dengue na região Sul em junho

  • Içara: 4 pessoas
  • Tubarão 3 pessoas
  • Braço do Norte 2 pessoas
  • Criciúma 2 pessoas
  • Imbituba 2 pessoas
  • Araranguá 1 pessoa
  • Cocal do Sul 1 pessoa
  • Nova Veneza 1 pessoa
  • Urussanga 1 pessoa

Do total de casos confirmados, em 1.072 deles os pacientes apresentaram sinais de alarme e em outros 74 pessoas apresentaram sinais de dengue grave. Quantos aos óbitos, das 98 notificações, em 66 delas foi confirmado que a morte ocorreu por causa da dengue. Outros 22 casos permanecem em investigação e 10 foram descartados. A quantidade de nortes registradas em 2022 é 942% a mais dos que no ano passado, quando sete pessoas morreram em decorrência da dengue. Antes disso, houveram óbitos somente em 2016, quando dois catarinenses faleceram. Os idosos foram os que mais morreram em decorrência da dengue.

Principais sintomas

  • Febre de início abrupto
  • Forte dor de cabeça
  • Dor no fundo dos olhos
  • Dores musculares
  • Dores nas articulações
  • Fraqueza

Dos 66 óbitos confirmados, em 48 dos casos (72,7%) eram de pessoas com 60 anos ou mais de idade, sendo: 12 (18,2%) de 60 a 69 anos, 14 (21,2%) de 70 a 79 anos, 17 (25,8%) de 80 a 89 anos e cinco (7,6%) de 90 anos ou mais. Apesar de não haver um medicamento específico contra o vírus da dengue, o diagnóstico precoce é muito importante para reduzir o risco de dengue grave e de morte pela doença.

Evite a dengue com medidas simples
A melhor maneira de prevenção às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti (dengue, zika e chikungunya) continua sendo eliminar locais com água parada. Cada cidadão deve adotar as medidas preventivas, principalmente porque a maioria dos casos de transmissão ocorrem dentro de casa. Veja o que pode ser feito para proteger o seu lar:

  • Evite que a água da chuva fique depositada e acumulada em recipientes como pneus, tampas de garrafas, latas e copos;
  • Não acumule materiais descartáveis desnecessários e sem uso em terrenos baldios e pátios;
  • Trate adequadamente a piscina com cloro. Se ela não estiver em uso, esvazie-a completamente sem deixar poças de água;
  • Manter lagos e tanques limpos ou criar peixes que se alimentem de larvas;
  • Lave com escova e sabão as vasilhas de água e comida de seus animais de estimação pelo menos uma vez por semana;
  • Coloque areia nos pratinhos de plantas e remova duas vezes na semana a água acumulada em folhas de plantas;
  • Mantenha as lixeiras tampadas, não acumule lixo/entulhos e guarde os pneus em lugar seco e coberto.

Texto: Zahyra Mattar | Notisul

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