Decisão: Acordo evita leilão de prédio do antigo hospital

Wagner da Silva
Grão-Pará

A prefeitura de Grão-Pará confirmou esta semana a aquisição da estrutura onde funcionava o antigo hospital do município. Atualmente, o local acomoda vários setores da administração. O prédio iria a leilão no fim do ano passado a fim de quitar dívidas trabalhistas junto a nove ex-servidores. O hospital fechou há quase uma década, depois que a então administradora da instituição, a Fundação Médico Hospitalar dos Trabalhadores Rurais, entrou com um pedido de falência.

Com o interesse da prefeitura, a justiça intermediou a negociação com os trabalhadores. A área de mais de 1,4 mil metros quadrados foi adquirida por R$ 370 mil. Deste total, R$ 259 mil serão disponibilizados pela secretária estadual de saúde e o restante, R$ 111 mil, diz respeito a contrapartida do município. Ainda: do total a ser pago, R$ 249 mil serão depositados diretamente aos ex-servidores a títulos de quitação das dívidas trabalhistas. O restante será pago em maio do próximo ano à fundação.

O secretário de saúde e vice-prefeito de Grão-Pará, Estevão Ghizoni (PMDB), afirma que aguarda apenas definir algumas questões legais para assinar o acordo com os trabalhadores e a justiça. “Está tudo certo. Falta apenas a documentação para que o imóvel seja transferido para a prefeitura”, explica Ghizoni.

Para ele, o envolvimento dos autores da ação, no caso os ex-servidores, foi fundamental. “O juiz entendeu que o prédio tem função de utilidade pública e os trabalhadores demonstraram clareza ao analisar a situação, tanto que concordaram com a proposta”, elogia o vice-prefeito.

Reforma será feita

Após encerrado o processo de compra prédio do antigo hospital de Grão-Pará, o próximo passo será buscar recursos para elaborar um projeto de reforma da estrutura.
O secretário de saúde e vice-prefeito de Grão-Pará, Estevão Ghizoni (PMDB), antecipa que o município tentará algum convênio em nível federal para isso. “Não havia como investir em um patrimônio que não era nosso. Mas assim que o prédio estiver no nome da prefeitura, vamos buscar por este recurso”, confirma Ghizoni.