CVV: Ligação para prevenção ao suicídio é gratuita para todo o país

Tubarão

Ser aceito, acolhido, respeitado, ouvido e compreendido. É isso que o Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece à população. Por meio de trabalho voluntário e gratuito, a associação realiza apoio emocional e de prevenção ao suicídio para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por meio do número de telefone 188.

Em todo o país, desde o último dia 1º, ligações para o CVV passaram a ser gratuitas em todo o país. Um acordo de cooperação técnica com o Ministério da Saúde, assinado no ano passado, permitiu o acesso gratuito ao serviço, prestado pelo telefone. O centro existe há 55 anos e tem mais de dois mil voluntários atuando na prevenção ao suicídio. A assistência também é prestada pessoalmente, por e-mail ou chat.

Nesta terça-feira (10), as voluntárias Vivian Prá Philippi e Deize Regina Rocha Juncklaus estiveram na Redação do Notisul pontuaram sobre o tema. Algumas das questões levantadas foram acerca do trabalho, do perfil das pessoas que procuram o CVV, o horário de atendimento e como fazer para ser voluntário. Conforme as duas, são necessários treinamentos de até 30 horas. Nos últimos meses, o curso ocorreu em Tubarão, com 46 pessoas, que hoje estão aptas para realizar o trabalho.

Na região Sul do Estado, somente Criciúma e Braço do Norte possuem postos da instituição filantrópica, que atua na prevenção do suicídio e na valorização da vida. Em Tubarão, o Núcleo de Apoio à Vida Cidade Azul (Navica) é o grupo mantenedor do CVV. Segundo a presidente do Navica, Deize, a criação de um posto tubaronense era discutida há dois anos. Os trabalhos na Cidade Azul devem iniciar no próximo mês. Já em Braço do Norte, segundo Vivian Prá, a ação ocorre desde 2016.

O CVV foi criado 1962 e teve a influência do trabalho desenvolvido por Samaritanos Internacionais ou “International Samaritans” [hoje nomeado “Mundial Ser amigável” ou “Befrienders Worldwide”], fundado na Inglaterra em 1953 pelo reverendo inglês, Chad Varah, com base no suicídio de uma menina de 14 anos, que teve a 1ª menstruação e então acreditou que o sangramento anormal tratava de uma doença grave.