Criciúma: Após momentos de terror, força tarefa se une para elucidar o caso

#Pracegover Foto: imagem de fogo e destruição, em uma noite de terror em Criciúma
#Pracegover Foto: imagem de fogo e destruição, em uma noite de terror em Criciúma

Após os momentos de terror vivenciados pelos moradores de Criciúma, na noite desta terça-feira (30), uma força-tarefa tem buscado elucidar o crime. A ocorrência atípica, é de proporções sem precedentes  no município e na região Sul de Santa Catarina.

“A ação da quadrilha foi muito bem articulada e teve atuação em diferentes pontos da cidade.  Por causa desta operação, diversos seguimentos das forças de segurança uniram-se ainda mais, para combater o crime”, pontuou o tenente coronel Cristian Dimitri Andrade, para uma rádio de Criciúma nesta manhã de terça-feira (1º)

De acordo com Dimitri, o tiroteio teve início no 9º Batalhão da Polícia Militar. “Na fachada do nosso prédio, armas de grosso calibre perfuraram paredes, janelas e um caminhão foi incendiado na frente do Batalhao. Artefatos explosivos improvisado também foram colocados no cercamento do quartel”, detalha.

Dessa forma, para o tenente coronel, eles despistaram as forças de segurança para cometer o assalto na área central da cidade. Os criminosos atraíram os agentes para o prédio do Batalhão, porém tinham um planejamento em outra área do município.

“O que chama muito a atenção são esses vídeos compartilhados nas redes sociais da comunidade, que mostram as ações desses meliantes, que fizeram reféns e posteriormente, esses serviram de escudo humano. Além disso, as fotos e imagens desses meliantes em locais diferentes da cidade, simulavam que fossem moradores em situação de rua ou trabalhadores”, cita.

Ele destaca que o arrombamento na Prosegur não foi confirmado. De acordo com Dimitri,  a informação é de que a ação foi em um único local, o Banco do Brasil, no centro da cidade. O esquadrão antibombas do BOP de Florianópolis, foi acionado para atuar no local.

Uma carga grande de explosivo deverá ser detonada, são 40 quilos de explosivos que não foram detonados, no entanto, estão preparados para a explosão. “A equipe tem equipamento próprio para fazer o desmantelamento em um local seguro. É feito uma contra-carga (uma carga de explosivo em cima desta carga de explosivo). Um local já indicado pelo Exército Brasileiro por meio do Departamento de Fiscalização e produtos controlados”, explica.

Veículos encontrados

Antes do amanhecer os veículos foram localizados em uma Roça de Milho, na região de Nova Veneza com Forquilhinha. Policiais também fazem diligências no local. Na ação, quatro homens foram presos com duas bolsas grandes de dinheiro, eles eram monitorados.

“Tanto moradores, quanto Policiais Militares que moram na região central e não podiam vir ao batalhão por causa do ‘estado de guerra’, ajudaram a levantar as informações. Pessoas verificaram que os quatro homensn estavam recolhendo o dinheiro, colocando em bolsas e se deslocando para um apartamento no centro. Ação foi conjunta da Polícia Civil com a Militar de Forquilhinha”, afirma Dimitri.

Prédios não foram atingidos

Foram muitos tiros, muitas rajadas disparadas para o alto, mas de acordo com o tenente coronel, não se tem informação de que tenha atingido pessoas em sacadas de edifícios. “Informações que podem chegar durante o dia, podem dar conta de locais que foram atingidos por impacto de tiro, mas a princípio as guarnições da Policia Militar, Bombeiros e nos hospitais também podem confirmar”, assegura.

 

Sobre o policial militar atingido

Quando o Batalhão foi atingido a viatura que faz a grande Próspera, veio dar apoiar aos policiais. Próximo ao Hotel Ibis (apenas referência), havia um veículo dos bandidos no caminho que confrontou os policiais. O policial Jeferson Luiz Esmeraldino.

“Eles desembarcaram e começou o tiroteio. Um policial foi atingido na região abdominal e no peito. Ele passou por cirurgia no Hospital Unimed, em Criciúma. Após o procedimento cirúrgico, ele foi transferido para o Hospital são João Batista. O estado é grave”, expõe.

Único confronto

“Os tiros em frente ao Ibis, foram os únicos de confronto com a Polícia”, afirma. Os demais tiros nos pontos da cidade serviram para evitar que os profissionais de segurança pública chegassem no ‘ponto crítico’, ou seja, local considerado da crise.

“O protocolo número um é o de salvar vidas e aplicar a lei”, ressalta Dimitri. Ele explica que a Polícia Militar não confronta nessa hipótese, porque o local possui muitos edifícios e moradores.

“Nosso modo de trabalho é fazer a contenção em um período externo, deixar a fuga para os meliantes. O que demorou por conta deles, talvez em acionar dispositivo explosivo, fazer reféns, tomar conta do cenário todo, mas os tiros que davam era para amedrontar a sociedade, que causasse esse medo. Assim, fizeram com que os órgãos de segurança não se deslocassem para o local”, relata.

O tenente coronel garante que a Polícia Militar já tem esse protocolo. “Não ir ao local de confronto, deixar a fuga fácil e facilitar a busca por meio da inteligência e integração com os órgãos de segurança pública e de investigação”, finaliza.

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