Coronavírus: álcool em gel ‘some’ de supermercados, atacados e farmácias da região

Tubarão

Virou artigo de luxo. Com a pandemia do coronavírus, a demanda por álcool em gel em supermercados e farmácias de Tubarão e região aumentou significativamente nos últimos dias. Em algumas redes de supermercados, atacados e farmácias a parte dos produtos está esgotada.

A preocupação com a higiene após os casos recentes na Amurel, no Estado e no país fez com que o álcool em gel ‘sumisse’ das prateleiras. Em alguns lugares, por exemplo, há até lista de espera para os clientes que estão em busca do produto. O estudante, André de Oliveira, foi até uma unidade para comprar o álcool em gel na Cidade Azul, mas não conseguiu encontrar o produto. “Fui em supermercados, atacados e farmácias, porém em nenhum lugar tinha para vender. Há diversos pedidos para as distribuidoras, mas elas não estão dando conta”, lamenta.

A recomendação dos médicos e especialistas é de manter as mãos higienizadas, lavando com água e sabão, e usando o álcool gel 70% de maneira complementar. O produto foi popularizado após a pandemia do vírus influenza A (H1N1), em 2009, que começou em um cenário de tensão similar ao vivido hoje com o coronavírus.

Com a procura em alta, os preços também foram lá para cima. Até o início do mês o produto de 500ml poderia ser encontrado nos estabelecimentos com valores entre R$ 10 a R$ 15, mas agora, quando encontrado o álcool em gel 70% pode ser adquirido por R$ 15 a R$ 27. “Infelizmente nessas horas não há solidariedade por parte dos empresários e comerciantes. Eles não entendem que muitos não conseguem colocar o seu alimento na mesa no dia a dia, e estão fazendo uma força além dos seus limites para conseguir comprar o álcool, a máscara e outros produtos para proteger aos seus, a si e posteriormente a população. Comprei o produto por um valor considerável, mas muitos não puderam garantir o seu”, observa a dona de casa Beatriz Lima.

Na última quarta-feira (11), a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia de coronavírus. O termo é usado quando uma epidemia – grande surto que afeta uma região – se espalha por diferentes continentes com transmissão sustentada de pessoa para pessoa.

O uso de álcool gel para higiene das mãos como prevenção ao coronavírus é eficaz. Conforme o Conselho Federal de Química (CFQ) o álcool etílico (etanol) é um eficiente desinfetante de superfícies/objetos e antisséptico de pele. Para este propósito, o grau alcoólico recomendado é 70%, condição que propicia a desnaturação de proteínas e de estruturas lipídicas da membrana celular, e a consequente destruição do microrganismo.

De acordo com a entidade, o etanol age rapidamente sobre bactérias vegetativas, inclusive microbactérias, vírus e fungos, deste modo, a higienização equivalente e até superior à lavagem de mãos com sabão comum ou alguns tipos de antissépticos. O conselho lembra que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tornou obrigatória a disponibilização de preparação alcoólica (ou sua versão em gel) para fricção antisséptica das mãos pelos serviços de saúde do país.