Com profissionais doentes e alta demanda, sistema de saúde está sobrecarregado

Ainda que a maioria das pessoas que tenham contraído a Covid-19 nas últimas semanas tenha apresentado sintomas mais leves e esteja em tratamento domiciliar, as cidades de Santa Catarina têm dificuldade em justamente proporcionar o atendimento básico.

Isto porque agora que está se tornando pacientes são os profissionais de saúde. A alta transmissibilidade da variante ômicron, tem deixado médicos, enfermeiros e demais profissionais da linha de frente doentes.

O resultado impacta na falta de profissionais tanto pata atender tanta gente quanto para vacinar a população, algo que não pode parar neste momento, pois é graças a vacinação em massa que os sintomas dos doentes são passíveis do tratamento domiciliar.

“A atenção básica está sobrecarregada, a testagem também está com dificuldade em atender bem a população e agora nossos profissionais estão ficando doentes também”, enumera o diretor-presidente da Fundação de Saúde de Tubarão e presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Santa Catarina (Cosems/SC), Daisson Trevisol.

Nesta terça-feira (18), o colegiado do Cosems/SC, representantes da Federação Catarinense dos Municípios (Fecam), Secretaria de Estado da Saúde, Ministério da Saúde, Ministério Público Estadual (MPSC) e Defesa Civil Estadual reuniram-se para tratar de ações relacionadas à pandemia.

Conforme Daisson, o momento de intensa dificuldade nos atendimentos nos municípios, pois com menos profissionais a assistência a resposta não é rápida e isso faz com o número de casos continue a aumentar sistematicamente.

Juntas, as entidades devem anunciar esta semana um plano de contingência. A ideia é ampliar as regras sanitárias, mas sem fechar estabelecimentos comerciais. O que se quer é estancar o alastramento da nova onda de contaminações.

“Existe a probabilidade de um aumento dos casos ativos nos municípios e, aqui no Estado, a tendência é de aumento de registros do Covid-19 nos próximos dez dias. Com tantos profissionais doentes e também em isolamento, precisamos agir rápido”, destaca Daisson. Confira mais no áudio abaixo: