Colégio Gallotti: Reforma sai no próximo mês

A reforma do colégio Gallotti, em Tubarão, inicia em setembro. A abertura dos envelopes da concorrência será feita na próxima terça-feira.
A reforma do colégio Gallotti, em Tubarão, inicia em setembro. A abertura dos envelopes da concorrência será feita na próxima terça-feira.

Carolina Carradore
Tubarão

Após muitas promessas, prazos e até licitação cancelada, a tão sonhada reforma do colégio Senador Francisco Benjamim Gallotti, no bairro Oficinas, em Tubarão, enfim sairá do papel. Na terça-feira, serão abertos os envelopes da nova concorrência pública. Se não houver contestação das empresas participantes, a vencedora do processo iniciará as obras na primeira quinzena do próximo mês.

Em junho, a licitação antiga teve que ser cancelada e um novo edital foi lançado. O orçamento, de R$ 650 mil, é o mesmo do projeto anterior. A decisão, tomada em comum acordo entre a secretaria de desenvolvimento regional em Tubarão e a direção do colégio, foi necessária por conta de vários problemas verificados no projeto anterior.

A reforma não contemplava as melhorias necessárias na estrutura hidráulica e elétrica, além de priorizar outros aspectos sem necessidade. “Era inviável colocar aquele projeto em prática, pois não atendia as reais e mais urgentes da escola”, reitera o secretário regional Haroldo de Oliveira, o Dura (PSDB).

O segundo projeto foi desenvolvido pela Fundação Vale lembrar que todo o trabalho foi refeito pela Fundação de Apoio à Educação, Pesquisa e Extensão da Unisul (Faepesul), de Tubarão, responsável também pela primeira versão do documento.

Precariedade
A reforma da escola Senador Francisco Benjamim Gallotti é uma reivindicação antiga de educadores e alunos da instituição. A estrutura está precária, com infiltrações, pinturas descascadas, instalação elétrica defasada, além de várias janelas sem vidros. O andar superior está interditado há quase um ano.

Para onde vãos os alunos?

A reforma do colégio Senador Francisco Benjamim Gallotti, em Tubarão, está praticamente garantida. Mas os alunos agora fazem uma série de questionamentos referentes a vida escolar que terão nos três meses de reforma. Primeiramente, está acertado que estudantes do período matutino e vespertino serão transferidos para salas do bloco pedagógico da Unisul. Os alunos da noite terão aula na escola Visconde de Mauá. A secretaria de desenvolvimento regional disponibilizou um ônibus àqueles que terão que se descolar até a Unisul.

A universidade deixou à disposição do corpo docente a biblioteca e o espaço de esportes. Segundo o secretário Haroldo de Oliveira, o Dura (PSDB), a empresa Rizotolândia, responsável pela merenda escolar, elaborará um cardápio mais prático que será fornecido aos alunos no bloco pedagógico.

Dura enfatiza que os serviços de secretária do colégio devem continuar em funcionamento na própria escola. Funcionários como zeladores e bibliotecárias, devem permanecer em suas funções na Unisul. “Estamos em processo de readaptação. Toda obra gera transtornos. Se eu tiver que me preocupar com tudo, é melhor então nem fazer reforma”, dispara Dura.

Suspeita de superfaturamento

Na enchente registrada em maio deste ano na região, parte muro da escola Martinho Alves dos Santos, no bairro São Martinho, em Tubarão, foi abaixo. Uma nova estrutura começou a ser construída este mês.

Porém, uma denúncia encaminhada ao deputado estadual Joares Ponticelli (PP) deixou o parlamentar receoso quanto ao custo da obra. Segundo Ponticelli, o muro de cerca de 37 metros construído no ano passado, na mesma escola, custou R$ 35 mil.

“A denúncia que recebi aponta que o muro de 78 metros que está em construção está orçado em R$ 320 mil. A diferença é gritante e, de fato, há suspeita de superfaturamento”, dispara. O parlamentar solicitará, no dia 1º do próximo mês, na assembleia, uma cópia dos documentos das duas obras.

O outro lado
O secretário de regional em Tubarão, Haroldo de Oliveira, o Dura (PSDB), enfatizou ontem que três orçamentos foram feitos à construção do muro da escola Martinho Alves dos Santos. “Escolhemos a empresa que deu o menor preço. Vale salientar que a obra é feita por um dos melhores engenheiros do estado”, considera Dura.