Clube Cruzeiro: Moradores reclamam do barulho

Wagner da Silva
Braço do Norte

O excesso no volume do som nos eventos promovidos no salão do Clube Cruzeiro, de Braço do Norte, tornou-se motivo de reclamação de pessoas que moram nas proximidades. O problema, apontam os cidadãos, tornou-se frequente pelo número de eventos, som ao vivo, bailes, palestras e casamentos, promovidos no clube.

A orientadora pedagógica Adriana Volpato Galvani mora a menos de 100 metros do clube e sente-se incomodada com o barulho. “Não é o som que atrapalha, mas sim o excesso”, aponta. A mesma opinião tem o morador Lauro Koch. Para ele, em dias de eventos, é difícil conseguir dormir. “Recentemente, estava com uma viagem marcada, sem possibilidade de cancelar, e passei a noite acordado em função do barulho”, reclama.

O problema já é de conhecimento da diretoria do Clube Cruzeiro. Como o prédio fica no centro do município, vários investimentos para melhorar o isolamento acústico da estrutura foram feitos. “Esta questão é tratada como prioridade, mas tudo depende de recursos. Vamos tentar agilizar melhorias o mais rapidamente possível”, promete o presidente do clube, Glauco Sombrio.

Nos últimos três anos, mais de R$ 200 mil foram investidos na colocação de ar-condicionado e substituição de janelas para amenizar a propagação do som. A substituição do forro e a compra de um decibelímetro – equipamento para medir os decibéis durante eventos -, são estudadas.

“Este aparelho tem valor elevado, mas é uma das prioridades. O objetivo é usá-lo em todos os eventos e, no caso de excessos, o contratante será multado”, anuncia Glauco.

Orientação
Mesmo sem receber denúncias, o delegado de Polícia Civil de Braço do Norte, Bruno Ricardo Vaz Marinho, orienta tanto a diretoria do Clube Cruzeiro quanto os moradores das proximidades sobre o que fazer. “Somos (a Polícia Civil) responsáveis por licenciar os eventos, mas isso não dá direito de atrapalhar a comodidade alheia”, diferencia. Para os moradores que se sentem incomodados, o primeiro passo é procurar a diretoria do clube e tentar um acordo. “Se isso não adiantar, a polícia deve ser acionada e um Boletim de Ocorrência registrado para que possamos agir”, orienta.
Já para a diretoria da instituição, o delegado avalia que o melhor é o tratamento acústico do prédio ou então fazer a aferição do som em todos os eventos.