Clima de Natal: Tradição mantêm as crenças da data

Wagner da Silva
Braço do Norte

O Natal acelera o movimento no comércio, a economia e desperta em todos os melhores sentimentos e virtudes. Também se resgata a tradição do real significado da data. Para algumas famílias, esta é a parte mais importante das comemorações de fim de ano.
Na casa da família de José Kuerten, o seu Zeca Kuerten, e Valmira Schmitz Kuerten, a dona Nega, desde o casamento, há 32 anos, o casal decora a casa com objetos que remetem à data e celebra o Natal de forma tradicional. Nada fica fora: fachada da casa, sala de televisão, de estar, copa, cozinha, quartos, até mesmo o banheiro recebem a mesma atenção.

Este costume, contam eles, foi lhes repassado pelos respectivos pais. “Nossos pais escondiam os presentes da gente, não havia como dizer que o Papai Noel não existia, passados os anos descobrimos a verdade, mas o espírito natalino já estava em nós. Hoje continua assim”, confirma dona Nega, com ares de nostagia. Tímida, ela confessa que somente descobriu a verdade sobre Noel após os 16 anos. Como hoje é difícil esconder por tanto tempo a existência mística de Papai Noel, dona Nega e seu Zeca transmitiram aos filhos o espírito verdadeiro do Natal e o costume de enfeitar a casa.

A filha mais velha do casal, Inessa, garimpa as novidades no comércio para agregar aos motivos natalinos já existentes na família. “Não dá para gastar muito, mas ela pesquisa na internet e todo ano compra algo novo. Papai Noel que canta e pula, velas e fitas. Mas a criatividade e a ajuda das nossas filhas é o pilar para deixarmos a casa linda”, valoriza dona Nega, orgulhosa.

Agora com a chegada do netinho Enzo, há quatro meses, o casal ficou ainda mais emocionantes para o casal. “Ele já possui um pinheiro só dele. Quando vê as luzes, fica agitado. É tão lindo ver que o nosso netinho, mesmo sem entender o significado do Natal, já sente o despertar da data no coração. Ano que vem, ele já vai estar grandinho e vai nos ajudar a montar a casa”, vibra seu Zeca, com um brilho que só os avôs tem no olhar.

Ponto turístico
A quantidade de adereços, o bom gosto e a organização nos detalhes natalinos transformaram a casa da família de José Kuerten, o seu Zeca Kuerten, e Valmira Schmitz Kuerten, a dona Nega, em um ponto de visitação quase que turístico em Braço do Norte. Não há um dia em que o local não recebe pelo menos um visitante curioso. “São pessoas de todos os lugares, até mesmo de fora da região que vêm, fazem fotos e pedem para olhar a casa toda enfeitada”, confirma dona Nega.