Cinzas retornam à região

No último mês, as cinzas se acumularam em carros e nas calçadas. Todos correram para os lava-rápidos. Desta vez, não deve ocorrer precipitação
No último mês, as cinzas se acumularam em carros e nas calçadas. Todos correram para os lava-rápidos. Desta vez, não deve ocorrer precipitação

Karen Novochadlo
Tubarão

Mais uma vez, as cinzas do vulcão chileno Puyehue-Cordón Caulle devem chegar à região até domingo. O fenômeno não será igual ao do último mês. Tudo indica que a pouca quantidade de cinzas que deve vir ficará suspensa no ar. 
Os maiores transtornos devem ocorrer em relação aos voos. Ainda é cedo para dizer se aeroportos serão fechados. A chegada das cinzas a Porto Alegre (RS) é prevista para quarta-feira. 
 
De acordo com a meteorologista Marilene de Lima, da Epagri/Ciram, a maior parte do material deve ir para o Oceano Atlântico. Mas os ventos sudoeste e sul podem trazer um pouco para região. Como as condições climáticas diferem das de outubro, é pouco provável que ocorra precipitação de cinzas. A concentração deve ser menor em Santa Catarina do que no estado gaúcho.  
 
As cinzas provocaram atrasos e cancelamentos em aeroportos da Argentina e Uruguai. No último mês, a “chuva” de cinzas deixou várias calçadas brancas e muitos carros com uma poeira branca na região de Tubarão.  Em Laguna, o morro da
 
Glória ficou encoberto pelas cinzas. Os aeroportos localizados em Joinville, Florianópolis e Criciúma chegaram a ser fechados. Em Criciúma, a situação foi mais crítica por causa da visibilidade. Um problema para a aviação é que a substância sílica que compõe a cinza, quando entra nas turbinas, transforma-se em vidro e provoca um travamento. O vulcão está ativo desde o início do ano.