Centrais sindicais e servidores públicos aderem a paralisação

Jailson Vieira
Tubarão

Em todo o Brasil será realizada nesta segunda-feira (19) a Greve Geral/Dia Nacional de Luta contra a Reforma da Previdência. As milhares de centrais sindicais do país e boa parte dos trabalhadores não querem a aprovação da reforma. Conforme os manifestantes,  ela acaba com a aposentadoria de milhões de brasileiros que terão dificuldades para cumprir as novas regras que o governo de Michel Temer (MDB) propõe.

A proposta deveria ser votada nos próximos dias na Câmara dos Deputados. No entanto, com o decreto de intervenção na segurança pública do Rio de Janeiro,  pode impactar a votação. A base aliada precisa garantir 308 votos para aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287.
Na semana passada, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte-SC) reafirmou a sua participação na paralisação, por unanimidade, por meio da reunião do Conselho Deliberativo, em Campos Novos, e orientou toda a categoria do magistério a paralisar completamente as atividades durante o dia desta segunda.

Segundo a direção do Sinte estadual, as justificativas do governo para defender a reforma são falsas, pois não existe déficit. Um claro exemplo é que a União tem R$ 500 bilhões para cobrar dos grandes devedores e não cobra. A CPI da previdência constatou que, se pegar os últimos 15 anos, o superávit da Previdência chega a R$ 821 bilhões.

De acordo com a coordenadora do Sinte em Tubarão, Tânia Fogaça, a manifestação na região Sul do Estado ocorrerá em Criciúma e alguns representantes da regional da Cidade Azul participarão do ato. “Vamos participar do movimento. Acredito que se não for colocada em votação agora, eles deixarão para fazer isso no fim do ano. Algumas pautas ou iniciativas dos governos que vão contra os direitos da população ocorrem sempre entre outubro e dezembro”, assegura Tânia.

O Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal de Santa Catarina (Sintrajusc) publicou, nesta sexta-feira, um aviso de greve por tempo indeterminado a partir desta segunda. O motivo é o mesmo: a categoria é contra a Reforma da Previdência. O Sintrajusc engloba todos os servidores do Judiciário federal em Santa Catarina, incluindo a justiça do trabalho e a justiça eleitoral.
O Sindicato dos Bancários de Florianópolis e Região também emitiu nota, manifestando adesão à greve geral por 24 horas. O sindicato diz que o assunto foi deliberado em assembleia na quinta-feira e decidiram pela paralisação.

Agenda das mobilizações por sc

No Sul: ato a partir das 8h, em frente à agência do INSS, em Criciúma, e uma mobilização também ocorrerá em Araranguá.

Em Blumenau: está sendo programado ato a partir das 15h, em frente a Prefeitura, onde seguirá com uma passeata até o INSS.

Em Chapecó: atos acontecerão durante toda a manhã para defender a previdência pública. A concentração será a partir das 7h, em frente a uma empresa sonegadora do INSS. Em seguida, às 9h, os militantes se encontrarão na Praça Coronel Bertaso, e às 11h o ato será nos Bancos Itaú e Bradesco. Além disso, nos dias 20 e 21 de fevereiro os trabalhadores do campo acamparão em frente ao INSS.

Meio-Oeste: também está organizada para defender os direitos dos trabalhadores. Lages fará um ato em frente ao prédio da previdência social, às 14h, e em Caçador uma mobilização acontecerá a partir das 9h, no Largo Caçanjure.

Em Florianópolis: o transporte coletivo ficará paralisado durante todo o dia 19. Os trabalhadores do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem) também irão aderir à greve em defesa da aposentadoria. A partir das 9h, as centrais sindicais e entidades farão um arrastão no centro da capital para fechar o comércio e os bancos. Para finalizar o dia de lutas, um grande ato acontecerá a partir das 16h, na praça de lutas, com uma passeata até o INSS.