Caso Diego Scott: MP pede arquivamento de processo sobre crime contra a vida envolvendo PMs

#Pracegover Foto: na imagem há um homem
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O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) se posicionou pelo arquivamento do processo na Vara Militar que investigava a possibilidade do crime contra a vida do morador de Laguna Diego Bastos Scott, de 39 anos. O parecer agora precisa ser analisado pela Justiça catarinense, que dará uma decisão definitiva sobre o caso.

A manifestação do MP/SC ocorreu na última sexta-feira (20), porém foi divulgada nesta segunda-feira (23). No dia 15 de janeiro passado, Scott foi visto pela última vez pelos familiares entrando em uma viatura da Polícia Militar (PM) de Laguna. Após esse episódio, o pescador ‘desapareceu’. A investigação ocorre contra os dois agentes da polícia sobre falsidade ideológica e pela prática de prevaricação.

Inquéritos foram instaurados na Justiça Comum e na Justiça Militar. Na Comum, uma notícia de fato apurou o suposto crime  e foi arquivada a pedido da 1ª Promotoria de Laguna. De acordo com o MP, foi a falta de materialidade e de indícios suficientes de autoria. Na Justiça Militar, os soldados Eduardo Rosa de Amorim e Luiz Henrique Correa de Souza.

Os profissionais de segurança pública respondem a um Procedimento Administrativo Interno (PAD), instaurado pela Corregedoria da PM. Atualmente, Eduardo Rosa de Amorim, lotado no 28º BPM de Laguna, executa serviços internos. Luiz Henrique Correa de Souza, lotado no 9º BPM de Criciúma, realiza em serviços internos.

Por meio de nota, o advogado de defesa de Eduardo Amorim, Gustavo Michels Botega, se manifestou. “Em nome da Defesa do Sr. Eduardo Rosa de Amorim, Soldado Policial Militar de 1º Classe, cabe-nos manifestar que o recente entendimento e encaminhamento do Ministério Público corrobora o sentido dos argumentos e fundamentos apresentados pela defesa, numa atitude de máxima prevalência da boa-fé e verdade. Mantemos plena certeza e confiança de que a verdade prevalecerá nos outros procedimentos relacionados e que a Justiça de Deus, como também a Justiça do Estado Democrático de Direito, prevalecerá. Esse último momento, reforça a consciência de inocência do Sr. Eduardo Rosa de Amorim, que mantém-se sereno por suas atitudes.”

Já o advogado responsável de Amorim, Rafael de Jesus, pontuou também em nota. “”Após inúmeras diligências investigativas realizadas pela Polícia Militar e Polícia Civil em todos esses meses, dentre as quais: buscas com cães farejadores e helicópteros, oitivas de testemunhas, buscas e apreensões, perícias, interceptações telefônicas, etc., a manifestação do Ministério Público atesta o que a defesa há muito já havia comprovado: a não participação do Sd. Corrêa na prática de eventual crime contra a vida de Diego Scott. Além disso, informações colhidas nos autos apontam que, em razão do uso contumaz de entorpecentes, Diego costumava ausentar-se da residência familiar por períodos indeterminados Nos solidarizamos aos familiares nas buscas, aguardando pelo retorno e ulterior esclarecimento dos fatos.”

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