Capivari de Baixo: sem familiares vivos, duas irmãs idosas contam com a colaboração de um vizinho

#Pracegover foto: na imagem há duas mulheres e um homem
#Pracegover foto: na imagem há duas mulheres e um homem

Cuidar de alguém, em geral, não é uma tarefa simples. E pode se tornar muito complexo quando faltam recursos ou apoio para fazê-lo. Na região, há inúmeras pessoas comprometidas com o cuidar da pessoa idosa que necessita de alguma ajuda. Dedicam o seu tempo de vida, seu tempo livre, sua vitalidade física e até o seu controle emocional para manter bem a pessoa que apresenta dificuldade para a locomoção, para pegar e manusear objetos ou para se lembrar daquilo que precisaria ser feito, como vestir-se ou preparar uma refeição.

Em Capivari de Baixo, um homem, Antônio Crescêncio, o Toninho Crescêncio, de 76 anos, morador do bairro Paraíso, apesar de ser um idoso, ele dispensa os seus cuidados com duas senhoras, as irmãs Domingas Bosquetti (92) e Carolina Bosquetti (90). Elas não têm familiares vivos e, após a morte do esposo de Domingas, as idosas acabaram ficando desamparadas.

Depois do falecimento do marido, Domingas ficou doente e Toninho se propôs a cuidar da idosa no hospital, em Tubarão. Posteriormente criou-se um laço familiar. O amor e cuidado eram muitos, que o homem conseguiu adquirir uma casa para as irmãs morarem. Na época, elas viviam em uma casa alugada com condições precárias.

Todos os dias, o idoso vai visitar as irmãs. Diariamente leva pão fresquinho e muitas vezes faz o almoço para as idosas com mais de 90 anos. Como também já é idoso, o homem contratou uma mulher para ajudá-lo nas tarefas com as duas senhoras. Faça chuva ou sol, seu Toninho não deixa um dia de ir visitá-las. Além de comprar alimentos, ele também adquire muitas vezes as roupas que as duas mulheres utilizam.

Toninho conta, que as irmãs gostam muito de passear e nos finais de semana, ele leva elas de carro para alguns lugares. O homem carrega sempre a sua sanfona e junto com as mulheres faz a festa, tocando, cantando e dançando. Seu Toninho  é de uma família conhecida na cidade termelétrica, formada por músicos.

Ele teve três filhos, Décio, já falecido, Léia e o enfermeiro Rodrigo Crescêncio. O homem tem 2 netos, Jhonatan e Jhon Denner. “Sou muito feliz em cuidar das duas. Não tenho mais a minha mãe viva (dona Pedra), mas tenho um carinho por elas como se as duas fossem minha mãe. Triste é você cuidar de um filho e na velhice ele te abandonar. As pessoas devem dar valor aos seus pais enquanto estão vivos. Beije, abrace e diga sempre que puder ‘eu te amo'”, fala o homem com lágrimas nos olhos.

Além de toda a rotina de cuidados, que normalmente envolve horários de medicamentos, marcação e acompanhamento em consultas e exames e calendário de vacinas, quando a pessoa que é cuidada tem mobilidade reduzida ou é acamada, os cuidados são ainda mais intensos. Eles podem incluir dar banho, vestir e alimentar a pessoa.

Entre em nosso canal do Telegram e receba informações diárias, inclusive aos finais de semana. Acesse o link e fique por dentro: https://t.me/portalnotisul