Canil municipal: Projeto de Itajaí poderá servir de exemplo

Amanda Menger
Tubarão

A construção de um canil municipal em Tubarão não será apenas uma promessa de campanha. A garantia é do prefeito eleito Manoel Bertoncini (PSDB). Mesmo afastado para um tratamento de saúde (confira mais na página 3), Dr. Manoel já prepara os primeiros passos de seu governo. Um de seus assessores, Evaldo Tonelli, cuida deste projeto. “Visitei o canil mantido pela prefeitura de Itajaí e queremos fazer em Tubarão algo semelhante. Eles enviarão nos próximos dias um projeto de engenharia e os valores gastos para a construção para termos uma base”, revela Evaldo.

O canil de Itajaí tem espaço para abrigar 300 cães, 38 gatos e 25 equinos. A área destinada aos animais pertence à prefeitura e fica afastada do centro da cidade. “Queremos também um local distante, sem vizinhos, para que as pessoas não fiquem incomodadas com os ruídos. A prefeitura tem um terreno nos fundos do cemitério Horto dos Ipês, vamos avaliar a possibilidade de fazer o canil lá”, reafirma o assessor.

Por dia, são consumidos 50 quilos de ração. Nove funcionários trabalham no canil e o custo mensal gira em torno de R$ 53 mil. “A nossa preocupação é este custo de manutenção. Porque talvez seja necessário um espaço para mais animais. Em Itajaí, já abrigaram mais cães, com o tempo diminuiu porque os animais doados foram castrados”, observa Evaldo.

A intenção é que o projeto, com estimativa de custos (para execução e manutenção) esteja concluído até o fim deste ano. “Vamos adiantar o que for possível. Depois, o projeto precisa seguir um trâmite burocrático, analisado pela secretaria de planejamento da prefeitura, além da licitação para contratar a empresa. O compromisso do Dr. Manoel é que nos primeiros meses de governo essa questão esteja resolvida”, assegura Evaldo.

Encontro
O grupo de voluntários do Movimenta-cão realiza hoje, às 19h30min, na sede da Amurel, o terceiro encontro. O objetivo da reunião é organizar os grupos de trabalho para pôr em prática as ações sugeridas nas outras assembléias.
Entre as atividades propostas, está a de cadastro/controle; mídia e divulgação; arrecadação/doações; distribuição e convênios.

Informações são tatuadas na orelha dos animais
O abandono de animais não é um problema isolado de Tubarão. Pelo contrário. Diversas cidades de Santa Catarina procuram uma solução. Em Itajaí, o canil abriga cães, gatos e cavalos. O modelo adotado lá poderá servir de exemplo para a Cidade Azul.

Um dos diferenciais do trabalho de Itajaí é a organização do espaço. “Os animais são divididos entre as espécies, machos e fêmeas, mas também entre filhotes e adultos, sendo que os adultos são pelo porte: pequeno, médio e grande. Já os cães agressivos, com comportamento instável, ficam em um outro espaço, para evitar brigas entre eles”, explica Evaldo Tonelli, assessor do prefeito eleito de Tubarão, Dr. Manoel Bertoncini.

Segundo Evaldo, não há um prazo para que os animais fiquem abrigados. “Em Itajaí, não há limite, mas há uma rotatividade porque eles são adotados. A maioria dos animais chega ao canil porque as pessoas ligam para lá pedindo para buscá-los, mas eles também tem um veículo utilizado como carrocinha”, afirma.
Os animais que chegam ficam em uma espécie de quarentena. Eles são isolados dos demais e passam por exames médicos e por um banho. Só então são encaminhados para uma das baias, seguindo critérios de comportamento e porte.

A esterilizarão ocorre quando os bichinhos são doados. “Isso evita que os custos sejam ainda maiores e que o animal passe por uma cirurgia às vezes sem necessidade. Os dados do animal e do novo dono são cadastradas em um sistema que gera uma espécie de código, que é ‘tatuado’ na orelha do animal. Assim é possível saber de quem era o animal que foi abandonado”, diz Evaldo.