Câmara de vereadores: Salésio volta a fazer críticas à prefeitura

Wagner da Silva
Braço do Norte

O vereador oposicionista Salésio Meurer (PSDB) voltou a criticar a prefeitura de Braço do Norte. O motivo ainda é a redução dos salários dos professores que ocupam cargos de diretores ou regentes de classe nas escolas municipais. Conforme a inflamada explanação do parlamentar, o gasto da administração com a folha de pagamento chegava a cerca de 52,38% da arrecadação.

Porém, com a demissão dos ACT’s, os cortes feitos nas secretarias e mais a retomada na arrecadação – a cifra superou R$ 3 milhões no último mês -, a prefeitura conseguiu alcançar o limite prudencial recomendado pela Lei de Responsabilidade Fiscal: gastar 51,3% da arrecadação com folha de pagamento, no máximo.

“Antes da redução dos salários dos professores, o município já tinha alcançado os índices necessários para manter as contas equilibradas. Não havia necessidade de reduzir os vencimentos de regentes de classe e diretores de escola”, analisou.
Para o vereador, a prefeitura teve aproximadamente 5% de economia. No comparativo, o corte no salário dos educadores somou 10% para os regentes de classe 50% aos diretores. “Assim como os professores, estou decepcionado. A lei é clara. A redução deve começar por cargos do alto escalão”, justifica Salésio.

Contraponto
O secretário de administração da prefeitura de Braço do Norte, Edenilson Niehues, confirma que houve melhora na arrecadação. Inclusive, ele corrige a informação do vereador Salésio Meurer. Com a boa arrecadação do mês passado, os gastos com a folha de pagamento reduziram para 50.38% e não 51,3% como colocou o parlamentar. “Hoje estamos com saldo positivo, mas este numero pode sofrer mudanças no próximo mês. Por isso precisamos efetuar estes cortes”, justifica o secretário.

Meurer também reclama da
quantidade de projetos
protocolados em
regime de urgência

O vereador tucano Salésio Meurer, de Braço do Norte, aproveitou o seu espaço na tribuna da câmara para também criticar o envio de projetos em regime de urgência. Para ele, esta é uma manobra para que as matérias sejam aprovadas sem a devida análise. “É um absurdo chegar no dia da sessão e ter que analisar projeto para demitir funcionários ou autorizar a abertura de crédito em valores exorbitantes. Temos que mudar isso. Matérias assim precisam ser verificadas com prazo de, ao menos, uma semana. Do contrário, serão aprovadas em maioria simples, o que não é legitimo”, desabafa.

O líder da bancada progressista na câmara, Cleber Manoel da Silva, rebate. Segundo ele, os projetos chegam em regime de urgência porque a oposição tenta atrasar as ações da administração. “É uma vergonha a atitude da oposição. Eles possuem maioria nas comissões e tentam retardar a aprovação de matérias e o desenvolvimento do município. Querem pregar falsas verdades”, alfineta.

Cleber argumenta ainda que os projetos de lei complementar são aprovados em duas votações. “Qualquer vereador possui uma semana para analisar este tipo de matéria. Só não o fazem por falta de interesse ou para colocar o povo contra a administração”, ataca.